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Criança com hemorragia na cabeça esperou 7 horas por neurologista

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A família reclama que o médico não justificou a demora e a criança foi levada para a UTI


A família da pequena Yara Lorrany Maia, de apenas 7 anos, passou por momentos de desespero neste domingo, 30, ao necessitar de atendimento de emergência no pronto-socorro de Rio Branco. A criança foi levada desmaiada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde foi transferida para o PS devido à gravidade do caso. Chegando ao pronto-socorro por volta das 8 horas, só conseguiu ser atendida por um médico especialista quando passava das 15 horas. Mais de 7 horas de espera com sangramento interno na cabeça e quadro de convulsões. “Só diziam que ele [médico] estava chegando, mas nunca chegava”, disse uma familiar da menina.

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Uma tia explicou ao ac24horas que a menina sentiu forte dor de cabeça às 6 horas e pouco depois das 8 da manhã, no pronto-socorro, uma tomografia analisada por um pediatra mostrou que havia uma hemorragia na região do cérebro da criança. “O médico [pediatra] disse que tinha sangue no cérebro da criança. Deu hemorragia”, conta Suzana. Foi então que começou a saga pelo neurologista, o médico especialista para atender a paciente.


“Depois disso, às 14h39 ele [neurologista] ainda não tinha chegado e a criança lá. Teve convulsões. A gente recorreu à assistência social e ninguém fez nada por nós. A única coisa que eles passaram é que o neuro, Dr. Ivan, estava chegando”, afirma a familiar da menina.


Suzana garante que quando profissionais do PS notaram que a situação da criança havia piorando, não deixaram mais nenhum familiar entrar na sala para ver a menina. “Barraram nossa entrada e não deram mais nenhum tipo de explicação pra gente”.


Médico não justificou a demora

Familiares reclamam ainda que o referido neurologista acionado pelo hospital para atender a criança, não deu motivos para ter chegar mais de 7 horas depois de ser comunicado do caso da paciente. “Ele chegou passava das 15 horas e atendeu ela. A criança chegou aqui em estado grave e ele [neurologista] foi solicitado na hora que ela chegou [por volta das 8h] e olha a hora que ele veio chegar. Graças a Deus que não aconteceu o pior com nossa sobrinha”, disse a mulher.


Depois de atender a criança, o neurologista informou que ela seria levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Ele disse que não é pra gente se preocupar porque o sangue da cabeça dela estancou. Disse que, caso observar piorar, vão colocar um cateter”, salienta a tia.


Suzana se preocupa, pois o caso, segundo ela, não está totalmente resolvido. “Ela vai ter que fazer um exame que só será feito amanhã [segunda-feira] no Santa Juliana. O descaso aqui está horrível. Só depois que a gente conversou com a assistente social e dissemos que a gente iria chamar a reportagem é que correram para querer solucionar a presença do neurologista”, lamenta.


Uma avó da criança diz ter sido expulsa por homens que pareciam atuar na segurança da emergência. “Ela estava aperreada querendo saber notícias e trataram ela muito mau. Expulsaram. O pediatra que atendeu ela [a criança] demonstrou preocupação e toda a atenção, mas o neurologista, infelizmente, deixou a desejar”, conclui a tia.


O ac24horas procurou representantes do pronto-socorro para comentar o assunto, mas até o fechamento desta notícia, não obteve resposta. O espaço segue aberto para explicações da unidade.


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