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Caos no abastecimento de água no Acre só deve ser sanando com o triplo de investimentos

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Foto: Pedro França/Agência Brasil


As constantes mudanças no gerenciamento do sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto do Acre por si só não resolverão o caos instalado no sistema. Ao contrário, devem vir acompanhadas de investimentos pesados, estimados em mais de R$1,79 bilhão até 2033 se estes fossem iniciados em 2019.

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Esse valor é menor que o proposto pelo Governo Federal (leia aqui https://www.ac24horas.com/2019/12/07/bndes-agiliza-venda-do-depasa-com-promessa-de-investir-r-13-bilhao-em-35-anos-de-concessao/).


O estudo divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Trata Brasil calcula que sejam necessários investimentos 2,96 vezes maiores que os atuais para universalizar a água potável e o esgotamento sanitário no Acre.


O estudo leva em conta a realidade atual do sistema em que o Depasa está sendo “preparado” para uma parceria público-privada através do BNDES. Em 2018, o investimento para melhorar o sistema entre 2014 e 2018 foi de R$177 milhões. Hoje, com o Marco Legal do Saneamento, são necessários R$120 milhões todo ano para alcançar a maioria da população com saneamento básico.


De acordo com o Trata Brasil, “17 Unidades da Federação têm média histórica de investimentos muito abaixo do previsto para a Universalização dos serviços (clusters rosa e vermelho), sendo que destes: o 5 estão com estudos ou projetos de parcerias e/ou concessões em andamento para maior mobilização de investimentos. São eles: Rio Grande do Sul, Acre, Ceará, Piauí e Amapá. Os que não tem projeto precisam de providências urgentes para aumentar os investimentos”.


O estudo “Desafios dos Estados quanto aos investimentos em saneamento básico a partir do novo marco legal”, feito em parceria com a GO Associados, detalha os desafios a serem enfrentados pelo país e Unidades da Federação para se chegar às metas.


O estudo usou dados de investimento e atendimento de água e esgoto do SNIS, meta de investimento do Plansab e do diagnóstico realizado pela ABCON-KPMG em 2019. A metodologia do novo diagnóstico do Instituto Trata Brasil pode ser consultada no relatório completo disponível em www.tratabrasil.org.br.


No Acre, como se vê nas ações do governador Gladson Cameli, que hoje (25/11) demitiu boa parte da cúpula do Depasa, os investimentos pedem realmente urgência pois, segundo o estudo, apenas 47% dos acreanos tem água potável nas torneiras e 90% não tem tratamento adequado de esgoto sanitário. Isso em tempos de pandemia.


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