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Empresa quer processar dono de caldo de cana por causa de apelido

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Dono do produto quer fazer um abaixo-assinado na cidade para impedir o processo dos americanos


O produtor rural Aloísio D´avit é um empreendedores arrojado, que não tem medo de fazer investimentos, mesmo morando no interior do Acre. Mineiro de nascimento, mas radicado em Acrelândia, é conhecido na região como “Ligeirinho” e produz uma famosa cachaça que promete não dá ressaca, considerada de alto padrão, tipo exportação.

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O mais novo empreendimento de seu Aloísio é a fabricação de caldo de cana, a nossa famosa garapa. A produção teve início e o Ligeirinho começou a comercializar o seu produto. O que o produtor rural não esperava, era a dor de cabeça que iria ter exatamente por causa do nome do caldo de cana. O refrescante produto foi batizado de “Ligeirinho do Acre Caldo de Cana”, exatamente por conta de seu apelido.


Para a surpresa de Aloísio, por conta do nome Ligeirinho, a Warner Brothers, uma das maiores produtoras e distribuidoras de filmes e entretenimento televisivo do mundo, resolveu processá-lo. Tudo por conta do personagem criado pelo estúdio, batizado nos Estados Unidos de Speedy Gonzales, e conhecido e patenteado no Brasil como “Ligeirinho”.


Aloísio conta que fez todo o processo legal para registrar a marca. “Eu paguei, contratei uma empresa que garantiu que eu poderia usar o nome. Acontece que o INPI faz circular esse tipo de registro em todo o mundo. Quando chegou em Hollywood, a empresa se sentiu ofendida e através de seus escritórios de advocacia no Rio e em São Paulo colocou 28 advogados em um documento em que me ameaçam juridicamente”, afirma.


Ligeirinho se mostra indignado com as ameaças de processo. “Eles alegam que estou usando a marcar deles, o que não é verdade. O adjetivo Ligeirinho não pode ser patenteado, pois é uma palavra que se refere a tudo que é rápido. Se a gente deixar, daqui a pouco vão patentear até a casa da gente”.


Aloísio afirma que vai contar com o apoio dos vereadores e da prefeitura de Acrelândia que devem emitir uma declaração oficial reconhecendo que o produtor rural é conhecido com Ligeirinho em toda a região.


Entristecido, Aloísio conta sobre os prejuízos que vem tendo.”O primeiro é emocional, minha esposa ficou três dias de cama. Estão colocando a faca no meu pescoço. Nós temos que enfrentar esses americanos. Isso é um absurdo. Vamos fazer uma abaixo assinado e eu peço que todos assinem e me ajudem”.


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