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Passageiro contesta laudo de incêndio em ônibus na BR-364: “começou pela roda”

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A empresa Petroacre divulgou nesta última segunda-feira, 28, que um laudo pericial, assinado pelo engenheiro mecânico Marcelo Jorge Torre, aponta como causa provável do incêndio que destruiu um ônibus na BR-364 no dia 22 de setembro, a explosão de uma ou mais baterias de celulares que estavam acondicionadas na mala de um passageiro.


Ocorre que quem passou pelo susto e estava dentro do ônibus, contesta a versão apresentada. Depois da publicação do laudo, diversos passageiros usaram as redes sociais para questionar a informação.

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Um deles é Ezio Junior. Ele faz um relato da viagem e de como tudo aconteceu. “Nosso ônibus estava lotado. Foi justamente do lado que eu estava que começou a pegar fogo na roda. Eu vi tudo muito bem. A gente já vinha sentindo um cheiro de borracha queimada há algum tempo. Eu imaginei que fosse a lona de freio. Um pneu estourou. Quando o motorista desceu, viu que o ônibus tava pegando fogo, voltou correndo e avisou aos passageiros que o ônibus estava em chamas”, diz.


Ezio conta que o desespero foi grande e muita gente acabou se machucando e perdendo tudo que tinha. “Tinha gente que tava de mudança de Mâncio Lima para Rio Branco e ficou só com a roupa do corpo. Ficou todo mundo com muito medo porque começou a entrar fumaça dentro do ônibus. Algumas pessoas chutaram e conseguiram quebrar o vidro da janela. Muita gente se machucou”, afirma.



O passageiro conta ainda que o extintor de incêndio que tinha no ônibus não funcionou. “O motorista tentou apagar o fogo, mas o extintor não funcionou. Um outro ônibus que vinha atrás parou, mas aí as chamas já tinham crescido muito. Nós ficamos sozinhos, já que o motorista pegou uma carona e veio buscar outro ônibus em Rio Branco. A empresa teve descaso. Eu sou de Cruzeiro do Sul e sempre venho para capital e muitas vezes. Já passei por problemas na estrada por causa dos ônibus em péssimas condições. Eu fiquei revoltado pelo que aconteceu e pela postura da empresa em dizer que foi culpa de um celular para não ajudar as pessoas que perderam tudo o que tinham”, diz Ezio Junior.


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