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Com o Acre “pegando fogo”, vice-presidente Mourão cumpre agenda ambiental no Estado

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Com 413 focos de queimadas detectados pelo satélite de referência AQUA Tarde, que fornece imagens o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Acre foi o terceiro estado do país a apresentar mais registros nos últimos dias. Quatro municípios acreanos figuraram entre os 10 do país que mais registraram focos de queimadas nesse período. Brasiléia foi o quinto colocado (65), seguido de Sena Madureira em sexto, (63), Rio Branco em sétimo (59) e Xapuri em oitavo (50).


Este é o cenário em que o vice-presidente da República e Hamilton Mourão, que também é presidente do Conselho Nacional da Amazônia, chega ao Acre nesta terça-feira, dia 22. Na agenda, que se estende pela quarta-feira, 23, Mourão vai conhecer o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), criado pelo governador Gladson Cameli para integrar as informações e dados que norteiam as ações das equipes de fiscalização e combate aos ilícitos ambientais em campo.

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De acordo com as informações divulgadas pelo governo acreano, Hamilton Mourão decidiu vir pessoalmente ao Acre conhecer as ações adotadas pelo Estado. Em abril de 2020, foi criado o Comitê Integrado de Ações Ambientais (Decreto 5.866/2020), coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e, desde então, o combate aos crimes ambientais foi intensificado.


Somente quatro municípios acreanos juntos somaram 33,8% do total de focos acumulados pelos 10 municípios que mais registraram ocorrências em todo o país. O primeiro colocado foi Lábrea, no estado do Amazonas, com 123 focos de calor. No ano, de 1º de janeiro a 20 de setembro, o Acre tem 6.728 focos de queimadas, 12% a mais que o mesmo período do ano passado, que teve 5.970 focos. Esse volume também é o maior para o período desde o início da série histórica, em 1998.


As missões integradas de comando, controle e fiscalização foram iniciadas em maio nas florestas públicas (Antimary, Liberdade, Mogno, Gregório e Afluente) e no Parque Estadual do Chandless, lideradas pelo Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar (PMAC), se estendendo para todas as regionais do estado, com a Operação Focus II, conduzida pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).


No final de agosto integraram-se aos trabalhos do Estado, a Força Nacional, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com missões na Reserva Extrativista Chico Mendes, na Resex Cazumbá Iracema e na Floresta Estadual do Afluente, respectivamente.


O esforço conjunto das instituições de comando e controle apoiadas pela Casa Civil e demais secretarias que integram o comitê, contribuiu para a redução do desmatamento em setembro de 2020 em relação a 2019 em mais de 90%. “Mas a queima do que já foi desmatado continua comprometendo a saúde da população pela elevada concentração de material em suspensão na atmosfera, especialmente nas áreas urbanas”, argumentou a diretora-executiva da Sema e coordenadora do Cigma, Vera Reis Brown.


No período de 1º de janeiro a 11 de setembro, o Sistema de Alerta de Desmatamento, o DeterB, do Instituto de Pesquisas Espaciais, registrou 3.385 alertas com uma extensão total de 338,6 km2, representando 16,7% de redução em relação ao mesmo período de 2019. “Em setembro de 2020, a redução do desmatamento no Acre em relação ao mesmo período em 2019 foi de 93,7%”, completou Vera.


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