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Nomeações, compras e falta de autonomia tem provocado desgaste de Alysson na Sesacre

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Nomeação de Izanelda Magalhães para o cargo de diretora executiva do IGESAC escancarou insatisfação nos bastidores e governador demonstra insatisfação com “picuinhas”


A escolha da cheff de cozinha Izanelda Magalhães para ser a Diretoria Executiva do Instituto de Gestão de Saúde do Acre (IGESAC) escancarou ainda mais o desgaste do secretário estadual de saúde Alysson Bestene no governo.

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Apesar de ter o trabalho reconhecido durante a pandemia, a situação de Bestene não é uma das melhores na gestão. Alguns fatos levantados pelo ac24horas colaboram para o desconforto de Bestene na função. A principal delas é a falta de autonomia administrativa. Tirando a doutora Paula Mariano, sub-secretária de saúde, e o diretor Paulo Justino, que são pessoas da confiança de Alysson e montaram suas equipes, nenhum outro cargo dentro da Sesacre foi o gestor quem decidiu. As direções das unidades de saúde, por exemplo, ou são indicações políticas e uma decisão da Casa Civil. Em alguns casos, como foi a última mudança na direção da Fundação Hospitalar, Alysson teria sido avisado pelo Diário Oficial, como todas as outras pessoas. A informação é de que a falta de consulta também acontece assim nas nomeações de CEC’s.


Izanelda é um caso clássico de que as rédeas da Sesacre não estão nas mãos de Gladson. Agrônoma de formação, Izanelda é reconhecidamente competente pelo trabalho que fez quando foi Diretora de Vigilância, mas não foi nem de longe uma decisão de Alysson.


Um outro problema de Alysson na Sesacre é a dificuldade em operacionalizar a secretaria. Além da burocracia, algo que já é inerente ao serviço público, o gestor não tem autonomia para comprar uma vitamina-C sequer. Todas as compras sofrem interferência e são decididas pela Sefaz e Casa Civil.


Se a situação na região de Rio Branco e Alto Acre não é confortável, no Juruá, Alysson interfere ainda menos. Os cargos de chefia em Cruzeiro do Sul são indicações do deputado estadual, Nicolau Júnior, presidente da Assembleia Legislativa do Acre.


Alysson foi procurado para falar sobre sua suposta insatisfação no cargo, mas não respondeu ao ac24horas.


A reportagem procurou o governador Gladson Cameli, que afirmou desconhecer qualquer descontentamento de Alysson. “O Alysson é da minha confiança, mas nós temos metas a cumprir. Sobre a Izanelda, ela foi criada comigo em Cruzeiro do Sul e é muito competente. Quem quiser reclamar da minha decisão, que peça para sair. O governador sou eu e a decisão é minha. Não gosto desse tipo de picuinha”, disse o chefe do executivo.


Ainda em sua fala, Cameli destacou que o Acre recebeu quase R$ 200 milhões para serem usados em ações de saúde no combate ao Covid-19 e que pouco mais de R$ 60 milhões foram utilizados. “Temos mais de R$ 100 milhões em caixa e quero usar esse recurso para reformar hospital, comprar aparelhos de ultrassonografia, tomografia e tudo o que tiver nosso alcance. Para isso eu estipulei metas e dei ordens e espero que ela sejam cumpridas”, enfatizou o governador.


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