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Setembro amarelo: Rio Branco tem 160 tentativas e 3 suicídios no primeiro semestre

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Setembro é o mês do calendário em que se discute, ainda com mais ênfase, a questão da saúde mental. Nos últimos anos, o tema ganhou ainda mais necessidade em ser debatido. A vida moderna, o estresse tão presente nas nossas vidas diárias, um mundo cada vez mais competitivo e a particularidade deste ano com a pandemia da Covid-19 se misturam em um caldeirão que influencia a saúde mental de toda a população.


Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que no Brasil, 5,8% da população sofre de depressão, taxa acima da média global, que é de 4,4%. Isso significa que quase 12 milhões de brasileiros sofrem com a doença, colocando o país primeiro lugar no número de casos de depressão na na América Latina.

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Uma das principais portas de entrada no Acre para pacientes que necessitam de atendimento em saúde mental é o pronto-socorro de Rio Branco. Os dados da capital acreana preocupam. Só nos 6 primeiros meses deste ano, foram notificadas 160 tentativas de suicídios e 3 pessoas conseguiram tirar sua própria vida. Isso representa que quase todo dia, entre janeiro e junho, alguém tentou se matar em Rio Branco.


Nesta quinta-feira, 10, foi celebrado em todo o mundo o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No PS, a programação foi diferente, o que retrata a mudança na concepção de tratamento de quem é acometido por algum transtorno na saúde mental. No lugar dos antigos manicômios, em que muitos eram considerados muito mais prisões degradantes do que um hospital, hoje se investe em tratamentos que possam inserir o paciente em atividades normais, sempre que possível ao lado da família.


A equipe formada pelas psicólogas Evilena Lima, Andreia Vilas Boas, Josiane Furtado da Rocha Rabelo e coordenada pela enfermeira Natasha Volpáti, coordenadora do Núcleo de Educação Permanente da unidade de saúde, levou música para o PS.


Os pacientes tiveram um dia diferente com a apresentação musical da escola Tocando no Ritmo. “Foi um dia muito proveitoso. Tivemos uma roda de conversas com o tema valorização da vida: saúde mental e trabalho. Realizamos este evento em parceria com a UPA do segundo distrito e tivemos a parceria dos músicos e também do Sintesac. Até nossas camisas foram produzidas pela cooperativa de saúde mental Ciranda Samaúma”, diz Natasha.


Para a professora de música Adanis da Silva, afirmou que a experiência foi marcante. “A música tem um poder que é até difícil de entender. Mesmo eu não sendo uma profissional em saúde, a gente, com os convites que sempre atendemos em nos apresentar em unidades de saúde, percebemos o quanto a música acalma e faz bem aos pacientes”.


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