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Disputa pela prefeitura de Xapuri caminha para ter quatro candidaturas em 2020

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A exemplo do que aconteceu na eleição municipal passada, em 2016, vencida pelo petista Ubiracy Vasconcelos, Xapuri caminha para mais uma vez ter quatro nomes concorrendo à cadeira de prefeito. Com o prazo para as convenções se encerrando no próximo dia 16, as últimas esperanças de os partidos de oposição no município se unirem para a disputa deste ano estão quase que esgotadas.


A expectativa por um acordo de última hora entre as siglas que fizeram parte do grupo que ajudou o governador Gladson Cameli a se eleger em 2018 – MDB, PSD e DEM – esfriou de vez depois que o mandatário maior do estado apareceu em um vídeo divulgado no Facebook manifestando apoio à pré-candidatura de Carla Mendonça (PP), esposa do deputado estadual Antônio Pedro, do Democratas.

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Mesmo que Carla pertença ao partido pelo qual Cameli chegou ao Palácio Rio Branco e do qual se afastou há pouco tempo, os dirigentes municipais do MDB e do PSD esperavam pela neutralidade do governador diante da situação de impasse que se criou no município para essa eleição. Todos os envolvidos sabem da importância da aliança numa disputa contra o PT, mas ninguém abre mão da cabeça de chapa.


Um motivo a mais para o descontentamento dos supostos aliados de oposição é que a pré-candidatura da mulher do deputado democrata sequer existia no cenário eleitoral local. Ela nasceu da desistência do filho de Antônio Pedro, Aílson Mendonça, de sua pré-candidatura pelo DEM, depois de ser engolido pelos altos índices de rejeição demonstrados em consultas de consumo interno, segundo fonte ligada ao grupo.


De acordo com a mesma fonte, as últimas semanas têm sido marcadas por tentativas infrutíferas do grupo oficialmente liderado por Antônio Pedro, mas conduzido na prática por Aílson, para cooptar o apoio da direção do MDB no município em favor do nome de Carla Mendonça. Com o aval dos caciques estaduais, os emedebistas em Xapuri realizarão a sua convenção no próximo dia 10 e devem oficializar uma chapa puro sangue.


Há três nomes cotados para compor a chapa do MDB com advogado Carlos Venícius. O também advogado e policial federal aposentado Eden Mota, a médica Raíssa Ferraz, filha do presidente da Câmara de Vereadores, Ronaldo Ferraz, e a professora Marlene Cândido, popularmente conhecido como Rosa do Trajano. Entre os três, Rosa leva vantagem por abrir espaço a Carlos Venícius em um segmento importante, o dos trabalhadores em educação.


O PSD, do pré-candidato Gessi Capelão, que é dissidente do MDB, marcou a convenção para o dia 8 e afirma que trabalha a composição da chapa dentro do próprio partido. O nome mais cotado para disputar o cargo de vice-prefeito era o do pastor Josimar, da igreja Batista Filadélfia, mas ele não se desincompatibilizou de suas funções na instituição religiosa em tempo hábil para concorrer.


No camarote petista, o atual prefeito Ubiracy Vasconcelos acompanha o desenrolar da novela da oposição e deve torcer para que o desfecho seja mesmo o que se desenha até o momento, com base na crença de muita gente de que quanto mais candidatos na disputa melhor para o PT. Fato é que nem sempre isso se confirmou nas urnas, analisando-se os resultados das duas últimas eleições municipais.


Em 2016, Bira Vasconcelos foi eleito contra outras três candidaturas, de Aílson Mendonça (DEM), Erivélton Soares (MDB) e Vanderley Viana (PROS). O petista obteve naquela oportunidade 3.854 votos (41,39% do total válido). Já quatro anos antes, em 2012, quem se beneficiou de quatro candidaturas não foi o PT, mas o PSDB de Marcinho Miranda, que venceu a eleição com 4.203 votos (47,94% do total válido) contra as chapas de Bira (PT), Wagner Menezes (PSB) e João Jorge (PV).


No entanto, um dado relevante chama a atenção quando são analisados os números dos dois últimos pleitos municipais. Em Ambos, Ubiracy Vasconcelos obteve o mesmo percentual de votos, 41% arredondando o número. Foram 3.610 (41,18%) em 2012 e 3.854 (41,39%) em 2016. Caso mantenha essa densidade eleitoral em 2020, dificilmente será derrotado em um cenário com quatro candidaturas. A não ser que algum dos concorrentes repita o feito de Marcinho, há 8 anos, quando alcançou quase 50% dos votos válidos.


Voltando para as convenções, o PT faz a sua no próximo dia 11 e ao que tudo indica não haverá mudanças na composição da chapa majoritária, que deverá continuar tendo como companheira de Ubiracy Vasconcelos a atual vice-prefeita, Maria Auxiliadora (PSB). Caso o nome da esposa do deputado estadual Manoel Moraes não seja confirmado, a alternativa é o advogado Maxsuel Maia, também dos quadros do Partido Socialista Brasileiro.


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