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Professor aprovado em concurso não consegue tomar posse e vende bananas para sobreviver

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Aprovado no concurso público da prefeitura de Rio Branco no final de 2019, o professor Cleber Carlos Rodrigues Pinheiro, viu o sonho do emprego pelo qual estudou durante várias noites se transformar em um pesadelo.


Carlos foi aprovado para o cargo de professor do ensino fundamental na concorrência para candidatos portadores de deficiência. Ocorre que ao não ter seu nome incluído na primeira chamada, o candidato investigou os aprovados e identificou uma candidata que havia se inscrito como deficiente, mas que não apresentou os documentos e laudos médicos exigidos pelo edital. Carlos conta que essa exatamente a sua vaga.

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“Eu sabia que estava preparado para realizar o meu sonho de passar em um concurso. Consegui ficar em 5º lugar no concurso que tinha 7 vagas para portador de deficiência. Procurei a Secretaria de Educação e comprovei que uma candidata que não era deficiente estava sendo convocada. Eles admitiram o erro, disseram que eu iria ser empossado e estou aguardando até hoje”, diz Cleber.


O professor entrou com um termo de denúncia na Secretaria Municipal de Educação no dia 12 de fevereiro deste ano. No dia 10 de março, a prefeitura de Rio Branco publicou no Diário Oficial sua convocação para tomar posse no cargo. Cleber entregou todos os documentos, mesmo assim, nunca foi empossado.


“Não é justo eu está passando por dificuldades. Estou tendo que vender banana para sobreviver. Mesmo sendo um trabalho honesto, Minha esposa entrou em depressão por ver faltar as coisas em casa. E tudo isso, eu tendo sido aprovado em um concurso. Já deveria está recebendo meu salário, afinal, eu ralei muito por isso”, afirma Cleber, que chegou a ajuizar um mandado de segurança contra a prefeitura, mas diz que por conta de um erro de um advogado foi obrigado a desistir.


O ac24horas procurou a prefeitura de Rio Branco para saber do caso de Cleber. O município confirma que houve um erro na classificação de uma candidata que não apresentou a documentação que comprovasse a deficiência. A assessoria do município diz ainda que Cleber vai ser empossado, assim como os demais aprovados chamados pela convocação de março, quando terminar a pandemia, já que existe um decreto da prefeita Socorro Neri que proíbe a contratação de servidores.


Mesmo assim, o professor não se conforma e se diz vítima de preconceito. “Isso não é justo. Eu comprovei em fevereiro que houve um erro da prefeitura e o decreto da prefeita só saiu em 24 de abril, mais de dois meses depois. Era tempo suficiente de me terem me empossado. Eu acredito está sendo vítima de preconceito”, diz Cléber.


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