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Policia e MP investigam pastor Nelson por praticar intolerância contra gays

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O pastor evangélico Nelson de Freitas Correia, conhecido como Nelson da Vitória, também empresário no ramo de autoescola, nomeado em agosto do ano passado em uma CEC-6 na secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (SEASDHM), deverá responder por crime de racismo na justiça.


Segundo informações repassadas ao ac24horas, o Centro de Atendimento a Vítimas do Ministério Público recebeu uma denúncia na última quinta-feira, 06, acerca das postagens e publicações de Nelson que incitava a disseminação de ódio e a intolerância às pessoas transgênero.

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Em 2019, os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo. A pena prevista é de um a três anos, podendo chegar a cinco anos em casos mais graves.


Segundo informações repassadas, a Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos, do Ministério Público do Acre e a Corregedoria de Polícia Civil deverão abrir uma investigação contra Nelson por crime de intolerância.


De acordo com informações, a Secretária de Direitos Humanos Ana Paula Lima, foi notificada acerca da conduta de Nelson nas redes sociais, mas até o momento não houve qualquer tipo de manifestação oficial.


Em uma das publicações, Nelson da Vitória compartilhou um post em afirmava que só acredita na ideologia de gênero no dia em que Tammy Miranda fizer um filho no cantor Pabllo Vittar.


Em outra publicação compartilhada por Nelson da Vitória, faz o seguinte questionamento: “Alô, operadores de direito. Se eu der um pau na cara da Thamy eu respondo pela Lei Maria da Penha? Ou melhor, agressão contra a mulher?”.


Para Germano Marino, presidente do Fórum de Ongs LGBT do Acre, o comportamento de Nelson da Vitória, enquanto ocupante de cargo público na secretaria de Direitos Humanos, é “inadmissível”.


“Um gestor público que trabalha em uma secretaria que tem por objetivo buscar os direitos para todas as pessoas, resguardando os direitos constitucionais, não pode cometer crime de transfobia, que no Brasil é equiparado ao crime de racismo. Mesmo sendo em uma rede social privada é inadmissível que um gestor público incite a disseminação do ódio e da intolerância às pessoas trans”, diz Germano.


Recentemente, o ac24horas conversou com Nelson da Vitória e, em uma nota, o pastor e pré-candidato a vereador afirmou que sua página na rede social expõe suas opiniões pessoais, que não possuem relação com o seu vínculo de trabalho e garantiu que respeita a opinião de todos, mesmo sem concordar. Nelson ainda pediu desculpas no caso de alguém ter se sentido ofendido.


“Quando escrevo em minha página no facebook exponho ali minha opinião pessoal como cidadão independente de cor, raça, credo religioso ou vínculo empregatício. Se em minhas postagens alguém se sentir ferido ou machucado desculpem não é essa a intenção, mas opinião cada um tem a sua. No dia a dia trato todos com o devido respeito, mas não sou obrigado a concordar todos assim como nem todos concordam comigo. Saúde e paz a todos”, declarou Nelson.


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