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Sindicato dos servidores do Ifac se posiciona contra o retorno às aulas no formato EAD

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O Sindicato dos Servidores do Instituto Federal do Acre (Sinasefe), emitiram nesta sexta-feira, 31, uma carta aberta à comunidade acadêmica manifestando preocupação acerca da possibilidade de volta às aulas no formato de Educação à Distância (EAD).


Na carta, o sindicato diz entender a preocupação dos colegas que querem voltar a ter contato com os alunos, mas destaca que essa vontade não pode resultar em romantizar o magistério, em meio a uma pandemia, nem colocar comprometimento com a educação como ato heroico.

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“O cenário não é favorável para o ensino remoto. Vivemos num país sem inclusão digital. Consciente disso, queremos enveredar para este tipo de ensino? Infelizmente, poucos têm o privilégio de ter um computador exclusivo em casa. Já o celular, que até bem pouco tempo atrás era proibido aos nossos alunos de usarem em sala por muitos de nós, agora será a principal ferramenta pedagógica, isso quando o plano de dados estiver com o pagamento em dia”, afirmou.


O sindicato também alertou que partes das despesas, caso a adoção do EAD vire realidade recairá sobre o servidor público com o aumento de gasto de energia elétrica, internet e outros questões.


“Destacamos que nem todos os docentes possuem mobiliário adequado, o que pode gerar problemas na saúde do docente (questões ergonômicas). Também podemos destacar que a sobrecarga de trabalho e o excesso de atividades será uma realidade”, pontuou.


O sindicato também alertou que a saúde do servidor é outro ponto importante para ser pensando antes de uma decisão sobre uma possível volta as aulas em formato EAD.


“O atual contexto de isolamento social está gerando diversas doenças, principalmente as de origem emocional. Infelizmente, parece que o servidor é um ser fantasma neste processo. Falam em preocupação com os nossos alunos, o que é correto, mas na maioria das vezes esquecem de perguntar como estamos de saúde. Precisamos ouvir os problemas, as dificuldades, mas também necessitamos ser ouvidos! Não estamos em casa totalmente alheio à realidade. Estamos em meio a uma pandemia, cuidando de nossos filhos, de nossos pais e da não proliferação da Covid-19”, afirmou.


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