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Pousada do Cachoeira: de salvação da comunidade ao abandono dos dias atuais

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No final do ano de 2007, o governo do Acre inaugurou a Pousada Ecológica do Seringal Cachoeira. A expectativa é que o local, conhecido no mundo inteiro pelos empates liderados pelo líder ecologista Chico Mendes, atraísse turistas de todo o planeta com o objetivo de conhecer um pouco da vida do homem da floresta amazônica. Além disso, o local poderia se tornar uma boa fonte de renda para a comunidade que seria a responsável pela administração da pousada.


As simples, mas confortáveis acomodações de seus chalés na floresta eram um dos atrativos. A comunidade também oferecia trilhas e passeios históricos. Anos depois, em 2012, como forma de incrementar ainda mais o potencial turístico do local foi inaugurado o maior circuito de arvorismo da Amazônia.

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Mas, a realidade foi bem diferente do que se planejava. Depois de um início promissor, a pousada não atraiu os turistas como se previa. Com o passar dos anos, não houve investimento na estrutura do local e a pousada começou a se deteriorar. As imagens atuais, nem de longe lembram a bela construção em meio a selva. Hoje, o local encontra-se abandonado, sem condições de receber nenhum visitante.


Há um outro agravante. Na situação atual, ninguém quer a pousada. O governo, que construiu, já disse que não tem interesse. Em novembro do ano passado, a Secretaria de Empreendedorismo e Turismo realizou uma audiência pública com a comunidade, onde foi oferecida a administração da pousada. Os moradores do seringal também não quiseram.


“Nós descobrimos que foi feita uma construção pelo governo em uma área do Incra. Fizemos uma audiência pública onde oferecemos para a comunidade. Eles recusaram. Fizeram, inclusive, dizendo que não tem condições de cuidar da pousada. Para reformar aquele local é muita grana. O estado não pode agir como empresário. O que acontecia lá? as pessoas se hospedavam, o dinheiro ficava com as mulheres que cuidavam da cozinha. Foi má gestão. Até 2018, tinha cinco cargos comissionados no governo para cuidar daquela pousada. Uma, era inclusive prima do Chico Mendes. Só que o dinheiro que entrava, era consumido e não era revertido para o local. Por isso se deteriorou daquele jeito”, afirma Eliane Sinhasique, secretária de turismo.


Como última alternativa para que a estrutura não seja totalmente abandonada e deteriorada ainda mais pela falta de uso e conservação, o governo vai tentar passar o local para a iniciativa privada. “Como o governo não tem dinheiro para gastar com pousada, já que essa não é a função do Estado, a PGE está fazendo um procedimento para fazermos uma cessão de uso para algum empresário que tenha interesse no espaço”, diz Sinhasique.


 


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