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Empresários dizem não aguentar mais restrições de decreto e ameaçam demitir

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A pandemia do novo coronavírus e as consequentes medidas de isolamento social impactaram fortemente no comércio acreano. Empresários tiveram que se adequar ao novo cenário e estão amargando dias difíceis, principalmente após decisão do governo do Estado desta segunda-feira, 22, em transferir a responsabilidade de reabertura do comércio para as prefeituras.


São quase 100 dias com portas fechadas, com empresas tendo que se reinventar, adequando seus negócios ao modelo ‘delivery’. A empresária Denise Borges, que representa a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Acre – Abrasel, desabafa, explicando que adaptar o negócio para delivery paga apenas 14% das despesas fixas. “Empresários que possuem uma estrutura maior, não conseguem se pagar somente com o delivery, que representa muito pouco, uma média de 14% das despesas fixas. Só sabe quem sente na pele”, disse.

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A empresária explica ainda que a situação hoje é péssima e um grande grupo de pessoas, que geram empregos, está com a situação bem complicada financeiramente. “As pessoas não sabem como sair disso, como vão fazer para comer, só acumulando dívidas, e é aí que muitos estão desistindo. São 157 empresas que fecharam as portas e os que conseguiram se manter estão prestes a realizar uma demissão em massa, após decisão de ontem, ou seja, todos vão demitir seus colaboradores, pois não conseguem mais segurar cumprindo a folha de pagamento, nem se manter com o negócio estando fechado”, lamenta.


Os empresários montaram uma comissão e produziram um documento propondo a reabertura do comércio, apresentando medidas de segurança. A proposta foi entregue ao Ministério Público, Governo do Estado e Prefeitura de Rio Branco, mas, não surtiu nenhum efeito, muito menos foi lançada uma contraproposta com alguma sugestão ou estratégia viável. Isso causou revolta no meio empresarial.


O presidente da Associação Comercial (Acisa), Celestino Oliveira, concedeu várias entrevistas à imprensa nesta terça-feira, 23, defendendo a categoria. Ele não ficou nada satisfeito ao ouvir o governador afirmar que há demagogia no debate sobre o retorno das atividades, já que parte do comércio proibido está aberto.


“Vi o governador falando que a maioria está aberta. Realmente. É a lei da sobrevivência. Se é demagogia buscar meio de sobrevivência, somos demagogos sim. Se é demagogia nós querermos que o comércio reabra como recomenda a OMS, então somos demagogos sim. Se é demagogia querer gerar emprego num Estado tão carente, então somos demagogos sim. Desde o começo eu venho dizendo que dá para salvar vidas, salvar empresas e salvar empregos”, explica.


O Pacto Acre Sem Covid, que estabelece medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus, foi publicado na noite dessa segunda-feira (22).


O novo decreto confere mais responsabilidade às prefeituras e prevê, em caso de iminente colapso da Saúde pública em função do número de contaminados, medidas de isolamento mais severo incluindo o confinamento total (lockdown). A cada sete dias será feita uma nova avaliação pelo governo nos indicadores existentes e as prefeituras poderão dar a autorização para a reabertura conforme a classificação.


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