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Veículos pesados destroem rua que dá acesso à balsa em Xapuri e moradores cobram a prefeitura

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A denúncia é feita pelo policial militar aposentado Ciro Nicácio, morador do trecho da rua Dr. Batista de Moraes que dá acesso à rampa para a balsa do governo do estado que faz a travessia de veículos e pedestres entre os dois lados da cidade.


“Gostaria de chamar atenção da prefeitura ou a quem de direito para essas carretas que estão desembarcando essas máquinas pesadas aqui no porto da balsa, danificando o pouco asfalto que foi colocado”, reclama o morador por meio de sua conta no Facebook.

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Yara Araújo, outra moradora da rua, também protesta contra as condições da via pública que já tem, naturalmente, um tráfego intenso de veículos por conta da travessia entre a região central da cidade e o bairro Sibéria, localizado no lado oposto do Rio Acre.


“Só quem mora nessa rua sabe o que passamos. É uma trafegabilidade intensa de carros, a rua não tem sinalização nenhuma, não tem asfalto decente, o verão está chegando e junto vem poeira e os problemas respiratórios”, disse.


Os moradores também afirmam que, além de dificultar a trafegabilidade e danificar as ruas, os caminhões não respeitam as calçadas e entradas de garagens, oferecendo dificuldades para quem sai e quem chega em casa de carro.


Procurado pela reportagem, o secretário municipal de Infraestrutura, Josué Ferreira, afirmou que a prefeitura está de mãos atadas com relação ao problema, uma vez que o município não possui amparo legal para impedir esse tipo de situação.


Em 2019, a prefeitura de Xapuri encaminhou à câmara de vereadores um projeto de lei que proibiria, caso aprovado, a circulação dentro da cidade de veículos com peso superior a 16 toneladas, mas a matéria foi reprovada.


“A saída seria a aprovação dessa lei, que proibiria o tráfego de veículos com peso superior a 16 toneladas dentro do perímetro urbano do município. Com a reprovação na câmara, a prefeitura não tem o amparo legal para coibir essa prática”, afirmou o secretário.


O projeto de lei encaminhado à câmara pela prefeitura tem a ver com outro, aprovado em 2015, que nunca foi levado a efeito. A lei, em vigor apenas no papel, determinou que os depósitos de material de construção localizados dentro dos limites urbanos fossem removidos para áreas situadas fora da cidade.



Questionado por não impor o cumprimento da lei municipal, o prefeito Ubiracy Vasconcelos respondeu que a nova regra discriminava os empresários do ramo do material de construção, afirmando que eles não são os únicos responsáveis pelo tráfego de veículos pesados na cidade.


O prefeito citou que o problema é causado também pelo transporte de máquinas pesadas, de madeira em toras e caminhões boiadeiros. Segundo ele, a proibição do tráfego de veículos com peso superior a 16 toneladas, proposta no segundo projeto de lei, abrangeria a todos, sem distinção.

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A prefeitura diz também que encomendou à Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) um estudo sobre as condições do solo e a capacidade de resistência das ruas da cidade ao peso dos veículos que trafegam pelas vias urbanas. Os laudos apontam que 16 toneladas é o peso máximo que poderia ser tolerado.


O impasse gerado pelos diferentes entendimentos a respeito da matéria, entre os poderes executivo e legislativo de Xapuri, já dura mais de 5 anos e proporciona que os serviços de pavimentação e recuperação de ruas realizados nos últimos anos tenham pouca durabilidade, como é o caso da rua Dr. Batista de Moraes.


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