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Médico e empresário debatem reabertura do comércio no Acre

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O Boa Conversa,  do ac24horas, desta sexta-feira, 19, debateu sobre a possibilidade do reinício das atividades comerciais com o médico e professor da Universidade Federal do Acre, Dr. Fernando de Assis e também com o empresário e advogado Márcio Bezerra Chaves, responsável pelo Movimento Emprego é Vida. A mediação do debate foi feita pelo jornalista Marcos Venicios.


Primeiro a falar, o médico Fernando de Assis destacou que a curva de casos da Covid-19 no Acre tem sido achatada graças às medidas de isolamento social.

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“No caso do Acre tivemos uma subida forte nas últimas semanas, mas graças às medidas de isolamento social a curva foi achatada. As medidas de contenção funcionaram”, afirmou.


O empresário Márcio Bezerra Chaves, responsável pelo “Movimento Emprego é Vida”, afirmou que os empresários elaboraram um Projeto para a reabertura da economia com base nas recomendações de autoridades sanitárias, OMS, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e dentre outros.


“Somos defensores da readequação do convívio com a Covid-19. O nosso novo normal. Desejamos muito a reabertura de uma forma consciente. Queremos saber primeiro o que o Decreto vai dizer e quais serão as recomendações tanto para a população, empresários e colaboradores. Estamos fazendo vídeos de conscientização para todos os empregados e também para população”, afirmou.


O professor Fernando Assis destacou que, para a reabertura gradual da economia, é necessário que o Estado apresente quatro premissas.


“A 1º é reserva de leito e de UTI. Alguns países usaram a taxa de 70% de ocupação de UTI para a reabertura da economia. Atualmente, estamos em 90%. Como resolvemos isso? Adquirindo mais leitos de UTI e enfermaria e é o que estou vendo o governo fazer. O hospital de campanha é um exemplo disto. A 2º premissa é a diminuição de pacientes que necessitam de internação e isso nós temos observado no nosso grupo da UFAC. A 3º premissa é o empresariado mostrar segurança para os funcionários e clientes para que eles não sejam contaminados. Já a 4º premissa seria testar e isolar os casos e penso que o Governo precisa aumentar essa capacidade através do método rápido e pegar firme no isolamento dos infectados”, afirmou.


Durante a conversa, o empresário Márcio Chaves afirmou que muitas empresas se encontram quebradas e a linha de crédito do Governo Federal não foi de grande ajuda. Segundo ele, as linhas de crédito só conseguiram alcançar 16% dos empresários acreanos.


“Se você puxar os números da Acisa, o Acre deixou de arrecadar 40% de receita. O prejuízo hoje no Acre é de R$ 440 milhões. Apesar do governo do Acre ter ganho em 90 dias R$ 1 bilhão. Hoje já são 94 mil desempregados e creio que em junho vai aumentar esse número”, afirmou.


Em outro momento, o professor Fernando Assis afirmou que a quarentena populacional, como foi feita no País e no Acre, foram feitas devido ao Sistema Único de Saúde (SUS) ter sido encontrado em situação precária. Ele afirmou que a Covid-19 é uma doença agressiva e com alto nível de contágio, por isso se fez necessário esse método, mas que agora ele não funciona como no começo.


“O ser humano como espécie é um ser social. Depois de 30 dias de quarentena, as pessoas já estavam saindo nas ruas, umas porque precisavam e outras estavam saindo porque não aguentavam mais. Depois de um certo tempo a quarentena acaba virando uma prisão. Uma das melhores medidas era testar e isolar quem estava positivo. A quarentena populacional funciona por pouco tempo”, afirmou.


Assista a entrevista na íntegra:


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