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Obras do hospital de campanha de Cruzeiro do Sul terá ritmo dobrado com turno 24 horas

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A obra do Hospital de Campanha do Juruá, em Cruzeiro do Sul, que irá abrigar pacientes de Covid-19, já vinha trabalhando com turnos de trabalho de 16 horas, mas agora terá equipes atuando 24 horas de forma intercalada. Tudo isso para garantir que os 90 leitos, incluindo enfermaria, Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e leitos de Unidade Semi-Intensiva estejam prontos até o dia 10 de junho, conforme garantia do governador Gladson Cameli.


“Vamos ampliar o horário e as turmas para manter o ritmo de trabalho e cumprir o prazo de entrega “, afirmou o engenheiro da empresa executora, Leandro Lima. No local, atua hoje 60 pessoas, número que deverá ser mais que dobrado. O trabalho é intenso nos dois pisos e na parte externa. A estrutura já pronta chama atenção pelas paredes de placas de fibra de vidro, que confere um ar futurista à unidade hospitalar.

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Segundo o engenheiro responsável, as placas são antibactericidas e resistentes, dispensam manutenção como pintura. Além das paredes externas com placas de 7,5 metros de altura, as divisórias internas também são de fibra de vidro.


O material foi trazido de Santa Catarina. Se comparadas ao material convencional, de acordo com o engenheiro, é mais caro, mas o tempo de aplicação e o resultado, compensa. “Para levantar essas paredes levamos dois dias. Se fosse no cimento e tijolos, seriam 30 dias. E não há necessidade de revestimento e pintura”, explica.


O valor da obra é de R$ 4,1 milhões. O Hospital tem 1.500 metros quadrados em dois pisos. Na parte de cima ficam os 60 leitos de enfermarias. No térreo ficarão 10 leitos de UTI e 20 semi-intensivos. Uma rampa vai ligar o Hospital de Campanha à ala Covid-19 do Hospital do Juruá.


Mais de dois mil metros de tubulação de gases


Uma das maiores necessidades de pacientes com Covid-19 é o oxigênio. No Hospital de Campanha, há cerca de 2 mil metros de tubulação de gases medicinais. Em todos os leitos, incluindo as enfermarias, UTIs e semi-intensivos, há pontos de oxigênio, ar comprimido e ar a vácuo.


A diferença, segundo o engenheiro Leandro, é que nas UTIs são 5 pontos de gases medicinais, sendo 2 de oxigênio, 2 de ar comprimido e dois de ar à vácuo. Nas enfermarias e nos semi-intensivos são 3 pontos para cada paciente. O Hospital tem um gerador de energia, que é acionado automaticamente em caso de falta de energia no local.


Entrada ao lado do IML


A entrada do Hospital de Campanha fica ao lado do Instituto Médico Legal (IML), na lateral do Hospital do Juruá. Desde que começaram as mortes por coronavírus no Hospital do Juruá, os médicos legistas e técnicos do IML deixaram de utilizar o local para autópsia, temendo a contaminação. Corpos chegaram a ficar dentro do rabecão do IML para liberação na frente da delegacia porque os técnicos em necropsia preferiram não trabalhar no Instituto. Com o Hospital destinado exclusivamente para pacientes com Covid-19, não há certeza sobre como ficará o funcionamento do IML.


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