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A “gripezinha” me pegou

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Na semana passada meu teste para o coronavírus deu positivo. A boa notícia é que os sintomas já se foram e desenvolvi os anticorpos, saindo dos grupos de risco e de contágio. Confesso que não foram os melhores dias da minha vida e recomendo a qualquer um que evite ao máximo pegar essa tal ‘gripezinha’.


Foram vinte dias entre o início dos sintomas e o exame que atestou ao mesmo tempo que tive a virose e que já podia sair do isolamento total. Oxalá, os sintomas foram parciais, com bastante tosse, febre e cansaço, mas sem a perda olfativa, os desarranjos e, principalmente, a dificuldade respiratória, ainda que um exame de imagem constatou pneumonia viral.

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Menino obediente, segui a risca a recomendação oficial de evitar o sistema da Saúde enquanto a respiração não faltasse. Talvez hoje eu tivesse quebrado essa regra logo no aparecimento dos sintomas iniciais. Tanto a testagem tardia, que posterga a dúvida (e a ansiedade) sobre a doença, quanto a possibilidade de agravamento desnecessário do paciente, que começa o tratamento já precisando de equipamentos que estão cada vez mais em falta, me convenceram que o diagnóstico precisa ser o mais precoce possível.


Recorri ao plano de saúde, para a consulta com um Clínico Geral, quando já tinha quase uma semana de febre baixada três vezes ao dia por antitérmicos e uma inflamação que se deslocava da rinite para a garganta e descia para o sistema gástrico, parece que tentando desviar do antibiótico que adotei por conta própria. Era o que tinha para  não correr para uma UPA. Mais dois ou três dias os sintomas se foram, exceto pela gastura deixada pelos remédios.


Completados os três dias sem sintomas, e atendendo uma regra do trabalho, solicitei a realização do teste ‘rápido’ pelo qual esperei mais uma semana no agendamento, mantendo o isolamento em casa. O tempo não passa. Foi ou não o Covid? O positivo veio como um alívio, por certo, porque dessa eu me livrei.


Mesmo com a demora do exame, tenho que dizer que fiquei muito bem impressionado com o atendimento no Barral y Barral, onde o teste foi realizado. Com o resultado em mãos, me transferiram a uma médica que levantou todo o histórico, desde o primeiro dia de sintomas, viu os exames que levei, fez uma série de recomendações e ainda receitou um xarope para o pigarro que ficou das sequelas.


A médica que me atendeu foi muito enfática ao tratar sobre os cuidados que preciso tomar daqui por diante: o fato de não transmitir mais a doença não deve mudar em nada os hábitos recomendados de distanciamento e higiene. Como todo mundo, se tiver contato com objetos contaminados, continuo a carregar o vírus para onde for, pondo em perigo os de casa, principalmente aqueles que tento isolar mais porque estão nos grupos de risco.


Dessa experiência eu tiro algumas conclusões. Não espere ficar sem ar para recorrer a uma unidade de saúde, mas faça isso com todo o cuidado, tanto para não se infectar por lá, quanto para não transmitir o vírus se você já estiver doente. Não é uma ‘gripezinha’ e qualquer desandada pode te por numa UTI ou numa cova em pouquíssimo tempo.


Entenda como a doença é transmitida e tome todos os cuidados de higiene e distanciamento para que você não seja um portador para as pessoas que tenta proteger dela. Ninguém sabe quando essa pandemia acaba, mas não será em tão pouco tempo. Paciência, máscara facial e álcool em gel serão nossos companheiros por um bom tempo.




 


 

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Roberto Feres escreve às terças-feiras no ac24horas.


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