Após amigos e familiares de uma das vítimas fatais da Covid-19 divulgarem nas redes sociais um possível descaso com os corpos numa área externa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco, a secretaria de Estado de Saúde se pronunciou nesta quarta-feira, 20, por meio de nota de esclarecimento, afirmando que não procede a acusação de que os pacientes que morreram por Covid-19 estão mal acondicionados ao lado de depósitos de lixo.
Segundo o Estado, na UPA, referência para testes, internação e tratamento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, o local usado para colocar os corpos, antes que estes sejam recolhidos pelas funerárias, está localizado ao lado de um depósito já desativado e desinfetado que servia para os resíduos sólidos hospitalares comuns.
“Esse depósito já não existe mais desde que a UPA se tornou referência para Covid-19, mas tão somente a placa, que não foi retirada. Além disso, o contêiner, usado para o recolhimento dos resíduos comuns da unidade, está distante a pelo menos 50 metros do recinto onde são colocados os cadáveres”, explica a Sesacre.
Segundo a gerente da unidade, Dora Vitorino, o espaço foi preparado exclusivamente para colocar as vítimas da infecção, antes de seu traslado até o cemitério. O ambiente, de acordo com a gestora, é adequado ao que exige os padrões da Vigilância Sanitária, arejado, com portão corrediço e cortina de tecido TNT preta ao longo da estrutura.
“Quanto à grade que estava aberta, ela explica que isso ocorreu porque os próprios familiares abriram para ter acesso ao local, cujo procedimento é permitido para que a família vele a vítima por até uma hora, antes de ser levada para sepultamento”, garante.
A Sesacre ressalta que os corpos são acondicionados conforme padrão do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, embalados em sacos apropriados para pessoas que faleceram por doenças infectocontagiosas.
