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Diocese monta mercadinho com alimentos grátis aos moradores da Cidade do Povo

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“O coronavírus pode ser superado com o amor, a partilha e a solidariedade”, afirma padre Massimo Lombardi


Em meio aos diversos impactos negativos que a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) tem provocado na capital acreana, ações de solidariedade também têm marcado presença em pleno aumento da contaminação do vírus no estado. A mais recente delas tem sido realizada pela Diocese de Rio Branco no maior conjunto habitacional do Acre, a Cidade do Povo.

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Com milhares de pessoas residindo no local, a Igreja Católica, que tem um Centro Comunitário na área, resolveu intervir da maneira que achou mais necessária para a região. Apoiada por voluntários e apoiadores, transformou as doações que já ocorriam numa espécie de mercadinho, intitulado “Pegue e Não Pague”. A ideia partiu do responsável pela área missionária, o padre Massimo Lombardi, que inclusive mora na Cidade do Povo.


“A ideia do mercadinho “self-service”, pegue e não pague, nasceu pela necessidade do povo que precisa e que sempre nos pede ajuda. Nós, graças a Deus, temos vários colaboradores que nos enviam verduras, sacolões. Durante o dia, pela manhã, não deixamos ninguém voltar para casa de mãos vazias”, explica Lombardi.


Há pouco tempo funcionando, o mercadinho abre todas as quintas-feiras, a partir das 9 da manhã, e já faz sucesso na região. Em no máximo 30 minutos, todos os alimentos ou cestas básicas são entregues a várias famílias. Desse modo, fecha no restante do dia por falta de mercadoria. “Mas Deus é grande e, se Deus quiser, vai abrir de novo, para a alegria do povo”, diz o padre.


A maior preocupação do Centro Comunitário que resultou na montagem do mercadinho foi o fato de a pandemia ter impedido que muitos dos moradores continuassem trabalhando, por atuarem em estabelecimentos considerados não essenciais. Com isso, a falta de comida em casa poderia se tornar uma realidade não fosse a compaixão e solidariedades das pessoas que ajudam o Igreja a continuar mantendo o básico de algumas dessas famílias.



“Quem precisa vem, bate na porta e a gente entrega algo que a pessoa necessita. Às quintas-feiras colocamos na frente do centro comunitário oito mesas de plástico e colocamos as verduras, as doações de cestas básicas e alimentos que recebemos. A pessoa vem, pega e não paga”, salienta Massimo Lombardi.


Lugar de gente educada

O padre faz questão de frisar que todos aqueles que buscam qualquer tipo de doação junto ao Centro Comunitário e o mercadinho, são extremamente educados e entendem as necessidades uns dos outros.


“Aqui na Cidade do Povo as pessoas são tão educadas que não se aproveitam. Cada um pega a sua parte e não pede mais do que o necessário. Não levam para casa duas ou três sacolas. Elas escolhem o que querem, verduras, óleo, farinha, arroz ou feijão, e levam para casa”, explica Lombardi.


A Igreja notou que, mesmo necessitando de algumas coisas, essas pessoas sabem que não podem levar mais do que precisam porque outros ficariam sem o necessário.


Doação de máscaras

Outra atividade que eles veem desenvolvendo no local é a confecção e entrega de máscaras durante o período de epidemia do vírus. “Temos duas costureiras que fabricam máscaras. Já entregamos mais de 1.200 máscaras para as pessoas, inclusive familiares de presidiários que precisaram levar para os detentos”, reforça o representante missionário.

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Segundo a Diocese, já foram beneficiadas com a entrega de máscaras na Cidade do Povo cerca de 55 famílias. “Todo dia distribuímos máscaras a quem precisa. Temos aqui também pessoas que nos enviam dinheiro para compramos os tecidos, as linhas, o elástico. As costureiras trabalham com muita dedicação”, explica o padre. Para ele, “o coronavírus pode ser superado com o amor, a partilha e a solidariedade”.


A Diocese deixa o número de contato para quem desejar contribuir com doações para manter o mercadinho e a entrega de máscaras na região: (68) 992387065.


Fotos: Cedidas/Diocese de Rio Branco


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