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Clonagem de celulares de deputados teve origem em sistema de videoconferência e sessão é cancelada

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Os sete deputados estaduais do Acre que tiverem seus telefones celulares clonados nas últimas 24 horas foram informados em comunicado interno da Assembleia Legislativa que a origem do ato criminoso praticado por hackers foi no Sistema de Videoconferência usado pela casa para realização das sessões virtuais, denominado Zoom. O mesmo sistema é utilizado também pela Câmara Municipal de Rio Branco.


O departamento de Tecnologia da Informação da Assembleia orientou o presidente da casa, deputado Nicolau Junior (Progressistas), que também foi vítima de clonagem, que se instale uma nova plataforma para as sessões.

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Por motivo de segurança, a sessão desta quarta-feira, 6, que iria analisar vários projetos de leis, entre eles o da titulação dos militares, foi cancelada. O veto parcial do governador Gladson Cameli ao projeto de lei que suspende por três meses o pagamento de empréstimos consignados de servidores públicos também seria analisado e como era obrigatório ser votado em plenário hoje, a pauta da Assembleia Legislativa fica trancada até que se vote a demanda, conforme o regime interno.


O ac24horas apurou que até o momento os deputados Jenilson Leite (PSB), Roberto Duarte (MDB), Edvaldo Magalhães (PCdoB), Vagner Felipe (PL), Luiz Gonzaga (PSDB), Maria Antônia (PROS) e até mesmo o presidente da Assembleia, Nicolau Junior, tiveram seus contatos clonados.


O grupo teria descoberto o golpe após pessoas próximas terem entrado em contato afirmando que por meio do aplicativo de mensagens Whatsapp, os perfis do parlamentares pediam dinheiro emprestado.


O primeiro a ter o contato hackeado foi Jenilson, que divulgou no último final de semana em suas redes sociais o fato. Já Duarte e Magalhães teriam sido hackeados na tarde desta terça-feira, 5. Gonzaga, Vagner e Nicolau foram clonado no período da noite.


A Polícia Civil foi acionada e iniciou investigações. Uma reclamação oficial deverá ser encaminhada a Mesa Diretora para que tome todas as providências cabíveis até mesmo junto a Polícia Federal.


Procurado pela reportagem, o delegado-geral da Polícia Civil, Henrique Maciel, enfatizou que os investigadores estão cientes desse tipo de golpe e que a tática tem se tornado um crime comum, que pode atingir qualquer cidadão. Ele ressaltou, sem citar nomes, que até membros do primeiro escalão do Governo já tiveram seus números hackeados.


“Nós já estamos com investigações avançadas e esse tipo de situação tem sido feito por uma quadrilha que tem suas ações orquestradas fora do Estado. Já acionamos o judiciário para quebra de sigilo telefônico e bancário dos criminosos”, revelou Maciel, enfatizando até mesmo que a polícia não descarta pode até sido contratado por grupos no Acre.


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