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Acre tem mais óbitos por Covid-19 do que estados do centro-oeste

Médicos fazem treinamento no hospital de campanha para tratamento de covid-19 do Complexo Esportivo do Ibirapuera.
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Inauguração de bloco no INTO pode ajudar a diminuir disseminação do Covid-19. Verticalização do Pronto Socorro não é o ambiente ideal para profissionais da saúde e pacientes na luta pela vida. Estado parece se preparara para o pior cenário


Seis óbitos foram registrados nas últimas 48 horas no estado do Acre elevando para 28 o número de mortos contaminados pelo covid-19. O estado entrou para no ranking dos 10 federados com maior incidência do novo coronavírus no país. Já são 733 casos confirmados.

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Os números ascenderam uma luz vermelha no quarto andar do antigo prédio do Banacre, onde fica localizado o gabinete de crise instalado pelo secretário Alysson Bestene.


Se por um lado o Acre é um dos que mais cura, por outro, registra mais óbitos do que Mato Grosso (13) e Mato Grosso do Sul (10) na região Centro Oeste e na região norte, está à frente dos estados de Rondônia com 24 óbitos e Roraima com apenas 11 óbitos.


Segundo o que a reportagem apurou, esse seria um dos motivos de o governador Gladson Cameli praticamente não sair de dentro do Instituto de Traumatologia, o INTO, que prepara um bloco exclusivo para o tratamento de infectados pela Covid-19. A estratégia é a de centralizar em um único espaço o tratamento dos pacientes infectados para diminuir riscos de contaminação.


Um médico especialista ouvido pela reportagem informou que a estrutura verticalizada do Pronto Socorro de Rio Branco dificulta o trabalho dos profissionais da saúde. “O fluxo de manejo clínico não evita contato entre os pacientes de Covid-19 e o de outras doenças, aumentando os riscos de disseminação do vírus” disse o profissional que pediu para não ter o nome divulgado.


O atendimento planejado para ocorrer no INTO com ambiente ventilado e comunicação visual é o cenário ideal para o tratamento. Uma empresa contratada de Goiânia será responsável pelo gerenciamento de 100 profissionais e, ainda, equipamentos de proteção individual e medicamentos.


O governador Gladson Cameli acredita que a partir desta terça-feira (5), pacientes nos três níveis de tratamento já sejam transferidos para o bloco exclusivo do INTO.



Estado parece se preparar para o pior cenário da pandemia

As próximas semanas serão decisivas para o achatamento da curva ou o colapso no sistema. Um Hospital de Campanha deverá ser erguido no mesmo terreno do INTO, máquinas trabalham na terraplanagem.


Segundo a agência de notícias do TJAC, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Júnior Alberto, em continuidade ao alinhamento nos procedimentos relacionados a Portaria Conjunta 1/2020, do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) e do Ministério da Saúde, que estabelece medidas excepcionais para sepultamento de corpos durante a pandemia do novo coronavírus no Brasil, reuniu representantes de funerárias e cemitérios para discutirem sobre o fluxo nos serviços.


O desembargador-corregedor explicou sobre a portaria, publicada no dia 31 de março, que autoriza estabelecimentos de saúde – na hipótese de ausência de familiares ou pessoas conhecidas do falecido ou em razão de exigência de saúde pública – a encaminhar sepultamento sem prévia lavratura do registro civil de óbito.

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