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Exames realizados apenas em pacientes graves esconde realidade da Covid-19 no Acre

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Basta andar pelas ruas do centro de Rio Branco para perceber que a quarentena deixou de ser levada à sério por muita gente. O fluxo de pessoas nas ruas de Rio Branco é praticamente o mesmo de épocas de férias escolares.


O ac24horas conversou com populares e o que mais ouviu é que o baixo número de pessoas diagnosticadas é pequeno e acaba incentivando a saída do isolamento social, mesmo daqueles que não precisam trabalhar.

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Ocorre que o número oficial divulgado está longe de ser o número real de infectados. Esse, por exemplo, é um dos motivos apontados pelas autoridades de saúde que fizeram com que Manaus tivesse uma explosão de casos da doença, a maior taxa de mortalidade do país e o sistema de saúde entrasse em colapso.


Assim como no Amazonas, o Acre e a grande maioria dos estados brasileiros não tem condições, por falta de testes, de fazer exame em todas as pessoas que sentem os sintomas do coronavírus. A própria Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) admite que os testes só são feitos em pacientes que estão em estado grave de saúde. Ou seja, pacientes que mesmo sentindo todos os sintomas do coronavírus não são testados.


Na prática, isso representa algo simples. Existem muitas pessoas com o coronavírus que não nas estatísticas oficiais. A falta de testes faz com que seja impossível saber quantas pessoas estão contaminadas e rastrear a doença.


Existe outro fator importante que contribui para a disseminação da doença que são as pessoas assintomáticas, ou seja, aquelas que são infectadas, mas que como não desenvolvem nenhum tipo de sintoma, acabam nem sabendo que estão com o vírus.


Por isso, a orientação de quem é especialista em saúde é que as pessoas mantenham, se puderem, o isolamento social e só saiam de casa em casos de extrema necessidade.


“O isolamento social ainda é necessário. Em todos os cantos do país os decretos de isolamento estão sendo renovados. Ainda não podemos voltar para as nossas atividades normais. Esse retorno precisa ser programada e gradual”, diz o infectologista Thor Dantas.


Os 214 casos confirmados até agora estão longe de representar o verdadeiro número de infectados pelo novo vírus no Acre. Os especialistas calculam cinco casos para cada um que é confirmado de forma oficial. Se aplicarmos esse cálculo, hoje, o Acre teria 1,070 pessoas infectadas.


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