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Com família alvo da polícia, deputado revela que governo de Gladson deve mais de R$ 3 milhões para fornecedores de merenda

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O deputado Manoel Moraes (PSB), que teve o filho Cristian Sales e o cunhado Manoel Jesus com prisão decretada numa investigação batizada de Operação Mitocôndria, que apura desvio de recursos na merenda escolar do Acre, resolveu rebater as declarações do governador Gladson Cameli que afirmou que a sua gestão não deve nada as empresas que fornecem merenda para o Estado.


O posicionamento do governador ao ac24horas foi em relação a afirmação do parlamentar que afirmou que o Estado é “desonesto” pois “comprou, usou e não pagou”, em referência ao não pagamento aos fornecedores de merenda escolar, que foram alvo nesta quinta-feira, 9, da operação Mitocôndria, desencadeada pela Polícia Civil.

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Cameli afirmou que a frase do parlamentar não se refere a atual gestão. “Certamente essa frase não se refere a nossa gestão porque, mesmo diante da grave crise quando assumi o Estado, o governo paga seus fornecedores e ainda vem quitando dívidas da gestão anterior”, disse o Chefe do Palácio Rio Branco que cumpre agenda em Cruzeiro do Sul.


Ao tomar conhecimento do posicionamento do governo, Moraes procurou a reportagem do ac24horas para “repor a verdade”. “Na reportagem o Governador falou que os débitos eram de governos anteriores. Não é verdade, as entregas começaram no início das aulas de 2019 e terminou em.dezembro de 2019. Isso é conversa fiada. Ele deve para as empresas da minha família mais de R$ 3 milhões”, disse o parlamentar.


A reportagem procurou a Secretária de Comunicação , Silvania Pinheiro, que afirmou que o governo não vai se manifestar sobre a declaração do parlamentar. “Essa pauta de polícia e política envolvendo esse caso não cabe o governo comentar”, disse.


OPERAÇÃO MITOCÔNDRIA

Como o ac24horas adiantou em duas reportagens publicadas nesta semana, um esquema pode ter movimentado mais de R$ 20 milhões no desvio de recursos públicos destinado a merenda escolar no Acre. Desses montante, segundo a polícia, cerca de R$ 4 milhões teriam sido desviados.


A justiça atendeu a representação da Polícia Civil e bloqueou, preliminarmente, R$ 5 milhões das contas dos investigados, além de tornar, temporariamente, indisponíveis bens móveis, imóveis e semoventes dos envolvidos.


A operação policial conta com 2 meses de investigação com foco em desvio de recursos públicos relacionados a merenda escolar sendo apuradas diversas práticas como: entrega de produtos e itens com qualidade inferior ao contratado ou em quantidade menor, além de falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa entre outros crimes e irregularidades previstas na Lei de Licitações e Contratos Públicos.


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