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Gladson completa 42 anos e tem como “presente” não deixar o Acre sucumbir perante o Coronavírus

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O governador Gladson Cameli completa 42 anos nesta quinta-feira, 26, e tem como presente a “própria cara e a coragem” para enfrentar os desafios que o cargo lhe produz diariamente, principalmente neste período em que o Coronavírus (Covid-19) já diagnosticou 23 casos no Acre, todos em Rio Branco.


Com o seu jeito “elétrico e extrovertido”, Cameli sabia que enfrentaria desafios para colocar o Estado nos eixos, após assumir o Palácio  Rio Branco que foi comandado pelo PT nas últimas duas décadas. Independente do passado, além das contas, a dificuldade de Cameli gerir aumentou com um inimigo invisível que causa terror ao mundo, o Coronavírus.

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Nas últimas duas semanas, Cameli foi obrigado a montar um gabinete de crise e ficar colado nos dos homens que mais confia em seu governo, o secretário de saúde, Alysson Bestene, e o secretário da Casa Civil, Ribamar Trindade. Além da “dupla dinâmica”, o governador trouxe para perto o novo secretário de Planejamento e Gestão, coronel Ricardo Brandão, as “meninas” da fazenda: a secretária Semirames Dias e sua adjunta, Wanessa Brandão.


O quinteto é o responsável por aconselhar Cameli nas medidas duras que vem tomando, como o decreto de calamidade que foi aprovado na Assembleia Legislativa e seus efeitos, como o isolamento social imposto a todos os acreanos desde a última sexta-feira, 20. O comércio está fechado, obras foram paradas e boa parte das ruas estão  vazias com intuito de conter o Coronavírus que deixou de ser um “problema que os ricos trouxeram ao Estado”.


Tido como um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro, Cameli não recuou ao criticar a postura da maior autoridade do país, que na TV afirmou que o Covid-19 se tratava apenas de uma “gripezinha”, criticou governadores e fechamento de escolas e ainda culpou a imprensa pelo que considera clima de histeria instalado no país.  Afirmando que não “brincaria com vidas, o governador ressaltou que não tomaria medidas irresponsáveis que possam colocar a população em risco e enfatizou que o seu decreto não seria retirado até pelo menos ser convencido a isso.


A atitude de Gladson se somou a pelo menos mais 24 governadores, dos 27 do país, que criticaram também a postura presidencial no episódio.


Aliás, a fala de Bolsonaro reforçou a união dos governadores que na tarde desta quarta-feira, 25, aprovaram uma carta com uma série de reivindicações ao Governo Federal para fazer frente à crise causada pelo Covid-19. Entre as reivindicações, está a aplicação da lei que institui uma renda básica de cidadania para todos os brasileiros.


Sancionada em 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei prevê o “direito de todos os brasileiros residentes no País e estrangeiros residentes há pelo menos 5 (cinco) anos no Brasil, não importando sua condição socioeconômica, receberem, anualmente, um benefício monetário”.


A lei diz que caberá ao Poder Executivo estipular o valor do benefício e prevê o pagamento de parcelas mensais, de mesmo valor, para todos os cidadãos, a fim de atender “às despesas mínimas de cada pessoa com alimentação, educação e saúde, considerando para isso o grau de desenvolvimento do País e as possibilidades orçamentárias”.


Os governadores também querem a suspensão por 12 meses do pagamento das dívidas dos estados com a União e bancos públicos, além da “abertura da possibilidade de quitação de prestações apenas no final do contrato” e a “disponibilização de linhas de crédito do BNDES para aplicação em serviços de saúde e investimentos em obras”.


Concluída a reunião, os governadores tiveram um tempo para avaliar e aprovar as propostas, o que aconteceu no início da noite, segundo informou a assessoria do governo do estado de São Paulo. Participaram do encontro 26 dos 27 governadores – o único ausente foi o do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).



O ac24horas conversou com Cameli na noite desta quarta-feira, 25, horas antes de seu aniversário. “Olha, eu quero uma situação melhor. De fato, quando eu assumi, sabia que era difícil, mas isso faz parte de ser governador. A situação já foi bem pior, agora ela está tensa por causa desse vírus. Eu quero do fundo do meu coração que as coisas deem certo, que isso passe o mais rápido possível. Governar é um desafio e como são vários interesses e a gente como foi eleito numa proposta com norte e com clamor de mudar, mudar não é só mudar de grupo político, é você colocar na prática as coisas. Eu te digo que a gente sempre tem que trabalhar com a possibilidade de situações como essa do Coronavírus. Realmente, esse acontecimento eu não imaginava e nem esperava, mas a prova está ai, preparamos o Estado, estamos fazendo todo o possível para tentar gerenciar esse problema. Se eu não tivesse tomado essas medidas, a situação estaria pior”, disse o governador afirmando que no dia do seu aniversário será publicado um decreto acertado com todos os empresários para que parte dos trabalhadores voltem a rotina, mas com segurança sanitária em seus trabalhos.


Sobre seu aniversário, Cameli afirmou que não sabe se terá bolo, mas não quer aglomeração. “Eu quero apenas que isso passe logo. Para mim vai ser um dia comum de muito trabalho e quero apenas tomar as decisões certas nos momentos certos, o nosso povo merece. O maior presente que poderia ganhar é chance de governar para todos”, finalizou.


 


 


 


 


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