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Alta do dólar dificulta a vida de acreanos que atravessam a fronteira para estudar medicina

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O real é a moeda que mais se desvalorizou em todo o planeta em 2020. Nos últimos dias, a cotação o dólar tem batido recordes e fechou a semana valendo R$ 4,63.


Se você é dos que acha que isso nada tem a ver com a sua vida, está enganado. A alta do dólar provoca o aumento nos preços de itens e componentes importados que podem influenciar do preço do pão aos combustíveis.

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Mas quem realmente anda preocupado com a desvalorização da moeda brasileira são os estudantes acreanos que atravessam a fronteira do Brasil na busca do sonho em se formar medicina.


A alta do dólar mexe com a cotação da moeda do país vizinho, fazendo com que muitos que já vivem contando os centavos para cobrir as despesas com estudos, alimentação e aluguel precisam apertar ainda mais o cinto.


É o caso, por exemplo, da estudante de medicina em Cobija, Alicia Melo, de 23 anos, que saiu de Rio Branco para fazer medicina na Bolívia e está atualmente no segundo período do curso. Por lá, os brasileiros são ampla maioria. Só na universidade particular onde estuda se estima que existam cerca de 3 mil brasileiros.


Ela conta que a vida já mudou e está mais difícil com a alta do dólar. Todos os meses temos que realizar o câmbio do real para boliviano e com a alta do dólar estamos muito prejudicados, Eu sou uma das que tem sentido bastante essa alta por ser de uma família que se esforça muito para eu tá aqui e que essa alta tem grande significância”, diz.


Alícia conta que até o aumento do dólar, 1 real valia 1,68 bolivianos. Nos últimos dias, com a desvalorização da moeda brasileira, o real passou a valer apenas 1,50 bolivianos.


Ela conta que o valor da mensalidade é superior a R$ 1,500 reais, além das outras despesas que são necessárias. “A minha faculdade oferece um desconto baseado nas notas durante o primeiro ano de curso. Mas depois desse período, o valor normal só da mensalidade é mais de R$ 1500,00. Sem contar os gastos com livros, materiais em geral, aluguel alimentação e outros gastos”, explica.


Além do aumento nas despesas, os estudantes brasileiros que fazem faculdade de medicina em outro país se lamentam pela manutenção do veto presidencial da proposta do deputado federal Alan Rick (DEM) que permitiria que médicos formados no exterior que quiserem revalidar o diploma no Brasil passariam por uma prova teórica aplicada pelo MEC e um exame de habilidades clínicas, que poderia ser aplicado por universidades públicas e privadas bem avaliadas. A proposta foi rejeitada pela maioria dos senadores.


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