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Adolescente faz desafio da internet e morre após fazer ingestão de aerosol

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Uma adolescente de 14 anos identificada como Verônica Silva Menezes, morreu na noite desta quinta-feira (5) após fazer o desafio que vêm rolando nas redes sociais a aproximadamente 3 anos, de ingerir aerosol. O caso aconteceu em uma residência no Conjunto Itatiaia, na região do bairro Calafate, em Rio Branco.


A ambulância do suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser a acionada, prestou os primeiros atendimentos a adolescente que não resistiu e morreu com uma parada cardiorrespiratória.

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Familiares informaram a reportagem do ac24horas, que encontraram Verônica na sua cama, com a boca cheia de espuma e o celular conectado no vídeo do aerosol. A família, informou ainda, que não foi a primeira vez que a adolescente fez isso, sendo flagrada pelo pai cheirando o desodorante, que a advertiu. O pai acredita que Verônica já tinha criado dependência em usar o aerosol.


O corpo da adolescente foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) pela própria ambulância do SAMU, para os exames cadavérico.


O caso será investigado pela Polícia Civil.


Desafio na Internet

Youtubers fazem diferentes desafios que consistem em inalar a substância em vídeos que circulam pelas redes sociais e acumulam milhares de visualizações no site.


Há ainda o “jogo da asfixia” ou “do desmaio”, em que compete-se para ver quem prende a respiração por mais tempo, além de desafios de inserir camisinhas nas narinas para tirar pela boca, de comer canela em pó em grandes quantidades e pura, de passar cola nas narinas e na boca. Fora as competições que induzem jovens e crianças a tomar grandes quantidades de bebidas alcóolicas.


Todas as práticas trazem gravíssimos riscos à saúde. E estão proliferando na internet. Na grande maioria das vítimas o resultado é muito ruim, com lesões que duram o resto da vida ou causam a morte.


Segundo Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP, o desafio do aerosol perigoso por causa do alto teor de etanol (álcool) presente em qualquer tipo de desodorante.


“Esse teor é de 70% a 90%, muito maior do que o do uísque ou o absinto, por exemplo. E, ao inalar, o volume (de álcool) absorvido é extremamente alto, provocando uma inflamação da laringe e uma parada cardíaca”, diz o diretor.


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