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CRM divulga nota contra agressões sofridas por médicos em atendimento a PM morto

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A direção do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) divulgou nota na manhã desta terça-feira, 28, repudiando as agressões sofridas pelos médicos Erasmo Vidal e Marizete Oliveira dos Santos, na noite desta segunda-feira, 27, no hospital Epaminondas Jácome, de Xapuri.


Os profissionais são os responsáveis pelo atendimento ao policial militar da reserva remunerada Sebastião Oliveira da Silva (Pingo), de 59 anos, que morreu dentro de uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), quando o militar era transferido, em estado grave, para o Pronto Socorro de Rio Branco.

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Revoltada com uma suposta demora no procedimento de transferência do paciente para a capital acreana, uma irmã do policial ofendeu moralmente os dois médicos e os acusou de negligência, além de tentar agredir fisicamente a médica Marizete Oliveira, que acompanhava o militar na ambulância do Samu no momento do óbito.


A presidente em exercício do CRM-AC, Thereza Neuma, lamentou o falecimento do paciente, manifestou solidariedade à família, mas ressaltou que é inadmissível que profissionais de saúde, que trabalham diariamente em busca de cumprir sua missão exercendo a medicina, sejam agredidos ou sofram qualquer tipo de violência.


O médico Erasmo Vidal, que não estava de plantão nessa segunda-feira, mas foi chamado para dar suporte no atendimento ao paciente, nega que tenha havido qualquer tipo de negligência. Ele, que também é policial militar, afirmou que Sebastião recebeu toda a assistência possível, mas que seu quadro era muito grave.


“O paciente deu entrada na unidade de saúde com um quadro de etilismo crônico associado a diabetes, provavelmente com falha renal, pois ele não tinha diurese, ou seja, a situação dele era bem grave e por isso a regulação do Samu não liberou o transporte antes da estabilização do paciente. O que estava ao nosso alcance, com certeza foi feito”, explicou o médico.


Sebastião Oliveira da Silva (Pingo), de 59 anos, que morreu dentro de uma unidade do SAMU quando o militar era transferido, em estado grave, para o Pronto Socorro de Rio Branco.

Um sobrinho do policial falecido, de nome Marcos, disse à reportagem que seu tio deu entrada no hospital de Xapuri pela primeira vez na noite do último sábado, 25, quando teria sido medicado e depois fugido da unidade de saúde durante a madrugada. No domingo pela manhã, ele foi encontrado desacordado por uma vizinha e novamente levado ao hospital, onde foi novamente atendido e medicado.


Marcos diz que as acusações de negligência contra os médicos se deram unicamente por conta de os profissionais não terem encaminhado o paciente para Rio Branco quando a família solicitou. Quanto a isso, o médico Erasmo Vidal voltou a explicar que a liberação para a transferência de um paciente via Samu não depende deles (médicos), mas da regulação do Serviço Atendimento Móvel de Urgência.


O caso deve parar na Delegacia de Polícia de Xapuri, uma vez que os médicos foram orientados pelo Conselho Regional de Medicina a registrar boletim de ocorrência em casos de agressão contra os profissionais de saúde no exercício de suas funções.


O corpo do policial está sendo velado na capela do cemitério municipal São José, onde será sepultado ainda nesta terça-feira, 28, segundo informações dos familiares.



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