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Falha humana pode ter causado acidente entre Helicóptero Harpia 1 e caminhão na BR-364

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Aproximação descuidada do caminhão ocorreu pela falta de isolamento da área de decolagem. Comandante do Harpia 1 deveria ter solicitado apoio terrestre para maior segurança da sua tripulação e de civis que filmavam todo procedimento.


O acidente que envolveu o helicóptero Harpia 1, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPER) da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre com um caminhão que passava ao lado da aeronave em rotatória da BR-364, ocorrido ontem (18) na zona urbana de Rio Branco, pode ter acontecido pela falta de um procedimento simples que orientam ações de solo e elevam a segurança da decolagem de uma aeronave de asas rotativas.

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O assunto desde ontem é o mais debatido pelas redes sociais envolvendo internautas leigos e operadores de aviação de todo o Brasil. A pergunta mais frequente: o que um helicóptero fazia estacionado em via pública, foi respondida em nota oficial da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. Segundo o documento, o Harpia 1 participava de uma operação policial na região do Segundo Distrito de Rio Branco, posicionado em local estratégico para atender ocorrências em qualquer bairro do perímetro.


Até aí tudo bem, segundo o Manual de Operações que a reportagem teve acesso, uma aeronave militar ou policial pode decolar e pousar em locais estratégicos durante operações de segurança. No caso em investigação, como existia a presença de pessoas (público), era necessário a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para pouso e decolagem.


Em nota, o secretário em exercício da SEJUSP, coronel Ricardo Brandão, não informou se havia autorização da ANAC para as operações “Fecha Fronteira” com o helicóptero Harpia 1 que pertence ao Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER). Para tais procedimentos, uma série de regras de aviação civil devem estar presentes durante pousos e decolagens.


O acidente com o Harpia 1 ocorreu quando a aeronave estava com seu motor ativo, com o rotor e as pás girando, uma dessas pás colidiu com o caminhão na rotatória. Segundo especialistas que foram procurados pela reportagem, neste caso, o comandante da aeronave deveria ter solicitado apoio terrestre para proceder tanto o pouso, como a decolagem em situação de estresse.


“Nessas operações existe um grande risco porque a aeronave expõe o público, tem que existir o adequado apoio as atividades de pouso e decolagem, sendo necessário o apoio terrestre para maior segurança” disse um especialista em aviação civil que pediu para não ter seu nome revelado.


Ainda de acordo o especialista, o procedimento é simples e de total responsabilidade do comandante da aeronave. Em nota a SEJUSP informou que todos os envolvidos no acidente passam bem, dos quais, dois tripulantes [de nomes não informados] que sofreram escoriações foram enviados para hospitais públicos.


Uma olhada no manual de operações para aeronaves de asas rotativas deixa claro que uma série de procedimentos deixaram de ser observados, e não apenas o isolamento da área de decolagem que deveria acontecer com apoio terrestre.


O momento do acidente – Observa-se em vídeos que circulam na internet que, de fato, havia um tripulante da aeronave realizando o procedimento de segurança, “mas, este tripulante que parece ser um atirador de elite, sobe no veículo antes da decolagem, deixando o fluxo de veículos livre”, acrescenta o especialista.


A falta de balizamento total do espaço auxiliando a guarnição aérea ocasionou a aproximação descuidada do caminhão que colidiu com uma das pás do helicóptero provocando o acidente. “Como existia civis (pessoas) no local, muito deles filmando o evento, o risco de mortes foi muito elevado” concluiu o especialista.


Com a colisão, partículas da estrutura do caminhão e do próprio helicóptero foram lançadas na pista causando um enorme risco a população que estava no local, muitos filmando a decolagem.

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Caberá a Agencia de Aviação Civil (ANAC) e o Serviço Regional de Investigação, Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 7) os procedimentos que devem esclarecer as causas do acidente. Segundo a SEJUSP cabe somente a esses dois órgãos as declarações daqui pra frente.


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