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Produtores cobram Cooperfloresta por madeira manejada; Cooperativa diz que dívida é da Fábrica de Pisos

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Um grupo de moradores do seringal Boa Vista, no município de Xapuri, está cobrando da Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários – Cooperfloresta – o pagamento de mais de 2 mil metros cúbicos de madeira extraída de suas propriedades por meio do sistema conhecido como manejo florestal, administrado pela entidade na Reserva Extrativista Chico Mendes.


De acordo com um dos produtores, Erizaldo Amaro de Araújo, de 51 anos, morador da colocação Mocambo, o pagamento está atrasado desde setembro do ano passado, quando a madeira foi entregue à cooperativa, que é a responsável pela comercialização com o Complexo Industrial Florestal (Ciflox) – antiga Fábrica de Pisos de Xapuri.

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Erizaldo afirma que toda a negociação com a Cooperfloresta foi feita de maneira verbal e que os produtores não possuem nenhum documento que comprove o débito. Apesar disso, o trabalhador garante que, juntos, os produtores têm mais de R$ 100 mil para receber. Ele diz que apenas de sua área são 408,8 metros cúbicos de madeira esperando por pagamento.


Um sobrinho do trabalhador, Márcio Amaro da Silva, 29, da colocação Maloca, afirma que vendeu 351 metros cúbicos de madeira, o que lhe renderá mais de R$ 21 mil se receber o pagamento da matéria-prima ao valor combinado com a Cooperfloresta, que é de R$ 60 pelo m³, independentemente da espécie, de acordo com o produtor.


Porém, o manejador diz que a Cooperfloresta resolveu descumprir o acordo e afirma que vai pagar o valor de R$ 60 apenas para a chamada madeira dura. Para a madeira mole (branca), mais utilizada para a confecção de caixarias e afins, o valor a ser pago será de apenas R$ 30. Segundo ele, a madeira extraída está no pátio do Complexo Industrial Florestal.


A reportagem entrou em contato com o presidente da Cooperfloresta, Dionísio Barbosa de Aquino, o Daú. Ele afirmou que a cooperativa não comprou a madeira dos produtores, mas apenas intermediou a venda para o Complexo Industrial Florestal, uma vez que os trabalhadores que reclamam o pagamento “sequer são associados da Cooperfloresta”.


“Nós não compramos madeira de não-sócios da cooperativa. Fizemos apenas o meio de campo para essa negociação entre eles e a fábrica. Portanto é a fábrica quem vai efetuar o pagamento dessa madeira para eles. Nós estamos aguardando o retorno do gerente, que está viajando, para conversarmos sobre essa situação e resolver o problema”, explicou.


O ac24horas tentou contato com um dos gerentes do Complexo Industrial Florestal de Xapuri, Renato Agostinho Costa, mas não obteve êxito até o fechamento dessa matéria. Um funcionário informou que ele retornaria à cidade apenas na próxima semana. O site se coloca à disposição para qualquer esclarecimento por parte da empresa.


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