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Cunhado de Gladson pode substituir Ribamar na Casa Civil e 1º escalão deve sofrer nova reforma

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A saída de Ribamar Trindade do cargo de secretário da Casa Civil do governo do Acre para retornar a ao Tribunal de Contas do Estado, não como Conselheiro, mas sim como assessor de conselheiro, pegou todos que orbitam o Palácio de Rio Branco com surpresa, até mesmo o governador Gladson Cameli, que nesta terça-feira, 7, ainda tentou convencer “o homem forte” de sua gestão a desistir do pedido de demissão.


Apesar de aparentar confiança na manutenção de Trindade no cargo, Cameli já trabalhava com um “Plano B”, caso não obtivesse êxito. O governador teria convidado o Superintendente da Sudam, Paulo Roberto Correia da Silva, seu cunhado, para substituir substitui-lo.

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Apesar de desenvolver um “trabalho crucial” na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, órgão ligado Ministério do Desenvolvimento Regional, Paulinho, como é chamado carinhosamente por familiares e amigos, é o homem responsável nos últimos anos de alocar R$ 1,8 bilhões em recursos para o Acre, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO. Somente em 2020, o irmão da primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli, deve gerenciar a liberação de pelo menos R$ 20 milhões para infraestrutura, compra de equipamentos e capacitações.


O ac24horas procurou Paulo Roberto para falar sobre a possibilidade de assumir a Casa Civil e num primeiro momento afirmou que “apenas o governador pode falar a esse respeito”. Questionado se estaria aberto ao convite, o Superintendente da Sudam afirmou que tem uma missão a ser cumprida no órgão, porém, “mas o governador é alguém a quem tenho muita consideração”, dando a entender que estaria aberto a proposta. Os mesmos questionamentos foram feitos ao governador que preferiu adotar o silêncio como estratégia.


Outro nome que também é cogitado para assumir o cargo de Chefe da Casa Civil é Ricardo França, chefe da representação do governo do Acre em Brasília, responsável por travar uma guerra silenciosa com Ribamar Trindade nos corredores da Casa Azulada que gerou uma série de desgastes para ambos os lados. Um terceiro nome levantado nos corredores é o do Controlador-Geral do Estado, Luís Almir, o Tetê, que já foi secretário-particular do governador.


A reportagem apurou que a saída de Ribamar do cargo chave do governo foi crucial para que Cameli tome medidas mais duras com relação ao primeiro escalação de seu governo. Com exceção da detentora da chave do cofre, Semirames Dias, que comanda a secretaria da fazenda, todos os demais membros do primeiro escalão podem perder seus cargos. Uma série de reuniões acontecem desde a decisão de Ribamar e outras devem ser marcadas nas próximas horas e dias para que os secretários apresentem o resumo das suas gestões em 2019 e novas metas para 2020.


OS BASTIDORES DA SAÍDA DE RIBAMAR

Como ac24horas havia adiantado, a reunião entre Trindade e Gladson durou pouco mais de uma hora no Palácio Rio Branco na tarde desta terça-feira, 7. O ac24horas apurou que na oportunidade Cameli voltou a reiterar o seu desejo de contar com Ribamar no cargo, porém o gestor estava irredutível, tanto que revelou ao governador que estaria voltando ao Tribunal de Contas, órgão em que trabalhava antes de se tornar membro do primeiro escalão do governo. Trindade agradeceu Gladson “por tudo” e que sua saída não significa um rompimento e que o considera como “melhor amigo”.


Longe dos holofotes desde que veio a tona um suposto desentendimento entre ele e o chefe do Palácio Rio Branco em meados de dezembro, Ribamar saiu do gabinete de Cameli sem conversar com ninguém, o que deixou o clima da incerteza no ar. Ele estava fora do Estado acompanhado de sua família, curtindo férias e deveria decidir o seu futuro nesta primeira semana de 2020, o que o fez.


O ac24horas questionou, por telefone, o governador Gladson Cameli sobre o teor do encontro com Trindade e a manutenção de secretário da Casa Civil, porém o chefe do executivo foi sucinto: “Ainda não decidimos”, sem repassar mais detalhes. A reportagem tentou por diversas vezes falar com Trindade durante o dia, mas não obteve êxito e logo em seguida foi informada que Trindade não iria se manifestar sobre a saída.


Ribamar chegou a entregar no dia 20 de dezembro uma carta de demissão a Cameli pontuando uma série de motivos para o seu desligamento, mas foi convencido a tomar a decisão após as festas de final de ano.


O estopim para a crise palaciana também se deu quando o governador revelou ao ac24horas sobre a falta de entendimento entre as principais cabeças pensantes da gestão: Semírames Dias (Sefaz), Maria Alice (Seplag) , Thiago Caetano (Ex-Seinfra), e o próprio Ribamar.


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