Menu

Com que cor de roupa a Socorro vai para a eleição? 

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

A prefeita Socorro Neri está com um abacaxi no colo que tem de descascar no mês de janeiro, que já está batendo na porta para entrar: qual será a sua composição política para a eventual disputa da reeleição? Até aqui se esquivou em entrar neste debate – no que não lhe falece razão – tinha que se dedicar só à gestão da PMRB este ano, mas não pode mais alongar a sua decisão. Quanto mais retardar, maiores serão as especulações. Até porque não tem muitos caminhos a seguir. Ou se junta ao PT e seus puxadinhos, e como contrapeso leva o desgaste deste grupo para o seu palanque ou busca alianças alternativas. Nas alternativas está uma coligação do PSB com o PSD, e dependendo das conversas até com o MDB. O senador Sérgio Petecão (PSD) disse ao BLOG DO CRICA que conversou com o deputado federal Flaviano Melo (MDB) sobre o assunto e este se dispôs a abrir discussão. O presidente do diretório municipal, deputado Roberto Duarte (MDB), também já disse que admite conversar. Uma coligação com dois partidos importantes, sem o desgaste da derrota da última eleição, com lideranças de peso na capital e chapas para vereadores fortes é uma opção tentadora. Chegou a hora de ser perguntar: com a qual cor da roupa que vai a prefeita Socorro Neri á eleição de 2020? O guarda-roupa tem de ser aberto em janeiro. Depois disso a roupa mofa. 


ROMPIDOS DEFINITIVAMENTE


Os dois partidos já não se entendiam, depois dos ataques proferidos pelo vice-governador Major Rocha (PSDB) contra o prefeito Mazinho Serafim (MDB), as reações deste e dos deputados Antonia Sales (MDB) e Roberto Duarte (MDB), devolvendo os ataques, o rompimento entre MDB e PSDB passa ser não só em Sena Madureira, mas em todo Estado.


CAMINHOS DIFERENTES


Mesmo porque os caminhos são diferentes, tanto o MDB como o PSDB miram as eleições municipais, com reflexo maior para a disputa do Senado e do Governo, em 2022. O que tudo isso embute? Resposta simples: o desmoronamento da aliança que elegeu o atual governador.


O QUE ESTAMOS VENDO? 


Estamos vendo a aliança que elegeu o atual governador se desmoronar de forma prematura, antes de completar um ano de governo. E o próprio governador, que seria o primeiro a lutar para manter incólume o seu arco de aliados; chuta o balde, quando troca farpas com o senador Sérgio Petecão (PSD). Não é o caminho certo para quem tem aspirações em 2022.


ROMPANTES DE CENSURA


O espírito da censura, lamentavelmente, baixou no líder do governo, deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS), que poderia fechar o seu ano eleitoral com a chave de ouro; porque foi atuante, mas com seu rompante ditatorial,  ele vai fechar com um ato negativo. Uma CPI para apurar notícias falsas sobre o projeto do Instituto da Saúde? Desencarna deste encosto, Gerlen!


LAMENTÁVEL


E isso é mais lamentável, porque o Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS) até aqui se mostrou um deputado do debate, bom tribuno, bom deputado, e troca isso por um ato emocional com arcabouço ditatorial. Vai controlar as redes sociais? Vai controlar a oposição? A mídia? Nunca!


ESTAMOS NUMA DEMOCRACIA


Ninguém mais do que o deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS) teve um mandato crítico contra as posturas dos governos do PT de perseguição, de rancor com os adversários, por isso é o político menos indicado para buscar meios não ortodoxos de procurar calar a oposição.


INSTITUTO DA SAÚDE


Vamos colocar os pingos neste projeto do Instituto da Saúde. Pode absorver, mas não resolve juridicamente a situação dos servidores do PRÓ-SAÚDE, os incluindo no quadro efetivo do governo e nem reverte a sentença do MTB que foi pelas suas demissões. Os servidores que forem para o órgão não perderão vantagens. Não significa obrigatoriamente na terceirização de todo o sistema de Saúde. O funcionário só adere ao Instituto se quiser. E se não for aprovado, o Estado terá que demitir. O Instituto não pode é ser vendido como a varinha de condão que vai resolver todos os problemas de má gerência da SESACRE. O resto é firula.


DEMOCRACIA É CONTRADITÓRIO


O que não se pode é querer demonizar os deputados de oposição e os chamados “independentes”, por terem outro entendimento, de que o projeto será maléfico para o servidor. A ALEAC é uma casa de debates, não é uma casa do amém e sim senhor ao governo.


EXPOSTO E SEM ÊXITO


Indo para outro contexto. Foi uma derrota do líder do governo, deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS), que queria a matéria sendo votada ontem e não retirada. E foi quem mais teve abalo na imagem por ser o único a se expor na tribuna no debate com os manifestantes.


NEM A BASE ESTAVA COESA


O presidente da ALEAC, deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTAS), ao retirar o projeto da pauta de votações, evitou um desgaste do governo, porque muitos deputados da base estavam se recusando votar, ressabiados com o desgaste sofrido ao votarem na PEC da Previdência. Refugavam por se desgastarem com os servidores da Educação, na aprovação da PEC da Previdência, e agora com a categoria da Saúde. Gato escaldado tem medo de água fria. 


VOTOS CONTRÁRIOS


Pelo que se ouviu nos bastidores da ALEAC ontem, seis deputados da base do governo estavam propensos a não votar na matéria. Os deputados Neném Almeida e Luiz Gonzaga (PSDB) estavam neste grupo. Dedução: a unidade da base morreu na PEC da Previdência. 


VAMOS VER A GESTÃO


A senadora Mailza Gomes (PROGRESSISTAS) destinou 16 milhões de reais para a SESACRE, a serem aplicados em reformas de unidades de Saúde, compra de equipamentos para os hospitais e de VANS para atender os pacientes do TFD. Agora é cobrar da gestão da pasta


FALTOU O CONTRAPONTO


O fato de deputados da oposição terem vendido a aprovação do Instituto de Saúde com a falsa premissa de que a sua aprovação redundaria no fim dos concursos, prejudicaria os servidores, deveria ter sido combatida com o contraponto da base do governo, faltou a combatividade.


NÃO ENTRO NUNCA NO PESSOAL


Neste episódio, lamentável as falas como a de um sindicalista de que o governador estava com o capeta e tem como meta destruir os servidores, e com agressões pessoais. Posso discordar no campo das idéias, de decisões tomadas, mas não entro e condeno os ataques ao pessoal.


O MUNDO ESTAVA ACABANDO


Comentava ontem com colegas as falas dos deputados Jenilson Lopes (PSB) e Edvaldo Magalhães (PCdoB), sobre o projeto do Instituto de Saúde. Em transes messiânicos pregavam na tribuna da ALEAC, como se a aprovação redundasse no fim do mundo e dos funcionários públicos. Como conhecedor do que estava sendo votado, coloquei no balaio do cômico.


REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA


A MP da Regularização Fundiária do presidente Bolsonaro, defendida pelo deputado federal Alan Rick (DEM), será importante para o Acre, onde a falta de documentação da terra acarreta um prejuízo para o produtor de ter acesso ao crédito dos bancos para as suas atividades.


PESO DAS COSTAS


Ao fim da sessão, ao encontrar com um deputado da base do governo antes de entrar no elevador, este colocou a mão no meu ombro e comentou: “ao retirar este projeto o presidente Nicolau me tirou um peso das costas, não entraria em mais um desgaste”. E saiu lépido rindo.


OPOSIÇÃO PROPOSITIVA


O deputado Daniel Zen (PT) fez três colocações pragmáticas em meio aos debates de ontem na ALEAC, sobre a Saúde: pagar os médicos por produtividade, descentralizar as decisões da SESACRE (dando autonomia financeira a gestores das unidades para pequenas compras) e só terceirizar serviços médicos de alta complexidade. Espera-se que o governo ao menos analise.


CARA DA MÔNICA


Para o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), o projeto do Instituto de Saúde tem a “cara da Mônica”. Se referiu não à personagem dentuça da revista infantil “A Turma da Mônica”, mas á a figura da ex-secretária Mônica Feres, defensora da terceirização. “Este projeto veio da Secretaria de Saúde, mas não tem a cara do secretário Alysson Bestene”, disparou Magalhães.


ESPERANDO A CONJUNTURA


O vereador Rodrigo Forneck (PT) me disse ontem que permanece na base da prefeita Socorro Neri, que defende a sua aliança com o PT, mas ressaltou que, se o seu partido tiver candidatura própria à PMRB, neste caso entregará a função de líder da prefeita na Câmara.


QUANDO JANEIRO CHEGAR


A prefeita Socorro Neri só fala sobre sucessão quando janeiro chegar. Posição a ser respeitada.


PODE SER FATAL


A aprovação da PEC da Previdência era essencial, até para pagar os aposentados e pensionistas, Mas deixou um desgaste forte do governo na área da Educação. O Instituto da Saúde se aprovado também deixará um desgaste entre os servidores da Saúde. Desgastes em categorias numerosas do funcionalismo pode ser fatal a quem o governador apoiar à PMRB.


HOMEM DO CAMPO


A deputada federal Vanda Milani (SD) tem cumprido o seu discurso que voltaria seu mandato também para o homem do campo, destinou 2 milhões de reais para a adequação de ramais do município de Xapuri. O investimento vai beneficiar oito comunidades rurais, três escolas, uma unidade de Saúde, localizados em assentamentos e unidades de conservação.


FRASE DO DIA


“Se o adversário é uma formiga trate-o como um elefante”. Ditado turco.


Participe do grupo e receba as principais notícias na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.