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Tecnologias digitais elevam em 37% produtividade das pequenas indústrias do Acre

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As tecnologias digitais da Indústria 4.0 permitem aumentar em média 37% a produtividade de micro, pequenas e médias empresas no Estado do Acre. É o 3º melhor resultado entre os Estados, perdendo apenas para Piauí (55%) e Rio Grande do Norte (41%).


O resultado foi obtido no programa-piloto Indústria Mais Avançada, executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Duas empresas acreanas participaram do programa-piloto Indústria Mais Avançada, executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) com 43 empresas de 24 estados.

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Nacionalmente, o ganho foi de 22%, em média. O projeto foi o primeiro a testar no Brasil, em todas as regiões do país, o impacto na produção do uso de ferramentas de baixo custo, como sensoriamento, computação em nuvem e internet das coisas (IoT).


O presidente da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC), José Adriano, observa que o bom posicionamento do Estado é resultado do trabalho de dois anos. “Já é o reflexo de um programa de revisão de processos que trabalhamos há dois anos”, disse Adriano ao ac24horas.


Presidente da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC), José Adriano. 

As duas empresas acreanas que participaram do estudo são da área de alimentos e bebidas. Os especialistas do SENAI instalaram sensores, que coletam dados, e coletores, que os armazenam. Em seguida, as informações são transmitidas para a plataforma Minha Indústria Avançada (MInA), que permite acesso aos dados de produção da máquina sensoriada. Por meio de tablets e celulares, os gestores podem acompanhar, em tempo real, o desempenho da linha de produção e, com isso, ter maior controle de indicadores do processo, assim como antecipar-se a eventuais problemas.


A Bebidas Cruzeiro, empresa de Cruzeiro do Sul que produz refrigerantes, xarope e pó de guaraná, conseguiu elevar em 57% a sua capacidade produtiva pelo aumento da demanda e com a ajuda de sensores na máquina envasadora de bebidas. A enchedora era o gargalo da fábrica, pois possuía a menor taxa de produção por hora e altos índices de parada para manutenção. A indústria, de 25 funcionários, havia passado pelo Brasil Mais Produtivo no ano passado, quando já tinha conseguido aumentar sua produtividade em 30%.



O sócio da empresa Francisco Souza dos Santos Júnior conta que a nova tecnologia permitiu a ele acompanhar, de qualquer lugar, em tempo real, se a máquina parava de funcionar e a quantidade produzida. “A ferramenta me ajuda a planejar a minha produção, fazer melhor a organização e saber exatamente os pontos de falha. Antes, a gente não conseguia mensurar o tempo real de troca da máquina e agora conseguimos ver no gráfico exatamente o tempo de produção”, explica.


O empresário diz que a consultoria do SENAI o ajudou a implementar a Indústria 4.0. “Eu já tinha ouvido falar do conceito e imaginava usar na empresa, mas não sabia como iniciar esse processo”, relata. A outra empresa do Acre que participou do programa foi a Indústria e Comércio de Bebidas Quinari, de Senador Guiomard, que elevou em 16% sua produtividade com a digitalização. A fábrica já tinha obtido ganho anterior de 20,62% com o Brasil Mais Produtivo.


(Com CNI)


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