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Desenvolvimento: por que o setor empresarial deve ser protagonista

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Por José Adriano


Na última semana, cumprindo uma extensa agenda de acompanhamento das ações dos governos municipais e estadual, estivemos discutindo, entre outros desafios ligados à infraestrutura, a possibilidade de integração do Acre com o vizinho estado de Ucayali, no Peru. Levados pela necessidade de encontrar caminhos para o desenvolvimento do Acre, reunimos dezenas de empresários e prefeitos da região do Juruá, representantes do Governo do Estado, representantes de empresários e autoridades peruanas, na cidade de Cruzeiro do Sul, onde discutimos por algumas horas um plano de ação conjunta, que viabilize a relação comercial entre os dois países.

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Esta proposta já não é de agora que vem ocupando as pautas de discussões quando o assunto é desenvolvimento. Porém, a diferença atual é que devemos levar em consideração a disposição das autoridades em nível nacional e estadual, que em um alinhamento oportuno e vontade de romper com a inércia da economia de dependência permanente de investimentos do poder público, volta-se para uma agenda ousada de desburocratização e re-discussões de posições. Antes, não havia abertura para se discutir, dada a resistência do Governo Federal, à época, em reavaliar as orientações de vetores de investimentos de propostas que colocassem em risco políticas de proteção ambiental em regiões da Amazônia, mesmo que isso significasse segregar aquela região a uma exploração nos moldes coloniais, o que soava aos ouvidos do setor produtivo como um egoísmo ideológico de grupos políticos tidos como de extrema esquerda, no que refere-se à atração de investimentos do setor privado.


Na sequência, fizemos a segunda visita à tão aguardada “Ponte do Madeira,” ocasião em que conversamos diretamente com representantes da construtora e do DNIT sobre o cronograma físico e financeiro, com vistas à conclusão daquela obra.


Infelizmente, a história ainda nos dá calafrios. A conclusão da ponte só se define se houver uma ação política direta junto ao Governo Federal para a contratação do aditivo de valor em torno de R$ 23 milhões, ainda neste ano. Caso contrário, a nossa ponte não será entregue em 2020, pois apesar da parte de engenharia já estar quase 100% concluída, ainda carece de disponibilidade financeira e orçamentária de uma mixaria, em relação a outras despesas federais, para que nosso estado possa definitivamente ser considerado brasileiro.


Nossa população, como sempre, sofrendo dessa angústia secular, já não vê neste momento nenhum parlamentar federal que questione no congresso: “Senhor Presidente, a quem interessa que esta ponte não seja concluída?”


Será que a preocupação em correr atrás de resolver esse problema interessa apenas aos empresários? Tirem as suas conclusões!


Não vamos nos omitir enquanto instituição. Estaremos mobilizando o Acre e Rondônia pela conclusão desta importante obra que pertence ao Brasil, porque isso significa o fim do isolamento e uma economia de tempo e de custo de vida para os dois estados.


Pelo Acre, não vamos desistir!



José Adriano é presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC)


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