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Pontes continuam bloqueadas na Fronteira e protestos devem prosseguir em Pando

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As pontes Internacional e Wilson Pinheiro, que ligam, respectivamente, Cobija, capital do departamento de Pando, a Epitaciolândia e Brasiléia, amanheceram bloqueadas nesta segunda-feira, 11, apesar da forte chuva que atingiu a região neste começo de semana.


Os manifestantes se mantêm na vigília, protegidos por barracas montadas nas duas passagens, aguardando os próximos passos após a renúncia de Evo Morales.

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Na tarde e noite deste domingo, 10, uma multidão tomou as ruas da capital em comemoração à renúncia de Morales, anunciada em rede nacional de televisão. Os manifestantes desfilaram pelas ruas de Cobija com carreata e buzinaço, parando em alguns lugares como o Comitê Eleitoral de Pando.


Os oposicionistas foram também à catedral de Nossa Senhora de Pilar e anunciaram, em frente ao palácio do governo de Pando e da prefeitura de Cobija, que a partir desta segunda-feira, 11, iriam fazer vigília nos dois locais pedindo a renúncia do governador de Pando, Luís Adolfo Flores, e do prefeito Luís Gatty Ribeiro, ambos membros do Movimento para o Socialismo (MAS).


Apesar de ainda não ter havido nenhum pronunciamento oficial dos manifestantes a respeito da liberação das pontes, há uma expectativa de que o bloqueio possa ser encerrado nas próximas horas. De ambos os lados, dezenas de caminhões estão parados aguardando autorização para atravessar.


No lado boliviano, cerca de 40 caminhoneiros brasileiros estão impedidos de retornar ao Brasil desde o embargo das pontes, ocorrido na última terça-feira, 5.


Na manhã de domingo, 10, o caminhoneiro Éder Janes Torres, que transportou produtos alimentícios para Cobija antes do bloqueio das pontes afirmava que a situação era crítica, uma vez que o Consulado Brasileiro havia afirmado não poder fazer nada para ajudar motorista retidos no lado boliviano.


“A nossa situação é crítica, nós precisamos sair desse país. Nós entramos, trouxemos alimentação aqui para dentro e precisamos sair, mas não conseguimos apoio das autoridades brasileiras. Estamos aqui tendo despesas e correndo o risco de sofrer algum tipo de vandalismo, principalmente durante a noite, pois as nossas placas são brasileiras e não sabemos o que poderá acontecer”, lamentou o profissional.


A situação no país


De acordo com o jornal boliviano El Deber, de Santa Cruz de La Sierra, nesta segunda-feira, a Assembleia Legislativa Plurinacional está agendada para se reunir com o objetivo de designar quem tomará as rédeas do país nos próximos meses, até que sejam convocadas eleições gerais.


A sucessão constitucional indica que a senadora Jeanine Añez, dos democratas, poderia assumir o controle da Bolívia.


Após a renúncia de Evo Morales e Álvaro García Linera, houve vários atos de violência em várias regiões do país, principalmente La Paz, El Alto e Yapacaní (em Santa Cruz).

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Em várias cidades, a greve cívica é mantida, que completa 20 dias nesta segunda-feira, e promete permanecer pelo menos até terça-feira, conforme anunciado pelos líderes cívicos.


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