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Movimento vai liberar parcialmente a passagem de caminhões pela ponte de Epitaciolândia

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Na cidade boliviana de Cobija, capital do departamento de Pando, as atenções dos manifestantes estão voltadas nesta segunda-feira para La Paz, onde está situada a sede do governo. A expectativa é pelos capítulos que se seguirão à renúncia do presidente Evo Morales e de seu vice Álvaro García Linera.


Com a manutenção das vigílias em todo o país, prosseguem também os bloqueios fronteiriços. Em Brasiléia e Epitaciolândia, cidades acreanas separadas pelas pontes Internacional, sobre o igarapé Bahia, e Wilson Pinheiro, sobre o rio Acre, o impasse continua e as duas travessias continuam interditadas.

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Às 14 horas desta segunda-feira, os líderes do movimento que mantêm as pontes bloqueadas vão liberar a passagem de 24 caminhões que estão do lado boliviano aguardando retornar para o Brasil e de 23 que estão do lado brasileiro aguardando descarregar suas cargas em Cobija. Há informações de que já começa a faltar combustível na capital de Pando.


Essa liberação para a passagem de carretas é parcial. Na verdade, a quantidade de caminhões parados é muito maior. Do lado boliviano são mais de 40 caminhoneiros que entraram para a entrega de alimentos e outros produtos e que ficaram retidos pelo bloqueio desde a última terça-feira, dia 5.


As informações levantadas junto aos participantes do movimento cívico que bloqueia as pontes é de que “se aguardam medidas efetivas e oficiais” relacionadas a situação do país que, nesta segunda-feira, 11, tem um vácuo de poder. Os manifestantes estão e precavendo contra possíveis reviravoltas no atual estágio da crise política que tomou conta do país há 21 dias.


Carta de Demissão de Evo Morales já está na Assembleia Legislativa boliviana

A Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP) da Bolívia recebeu oficialmente a carta de demissão de Evo Morales à Presidência do Estado, nesta segunda-feira, às 13 horas do horário boliviano. Agora, resta apenas que a casa parlamentar se reúna amanhã, terça-feira, às 11h30, de acordo com o deputado Wilson Santamaría, para que as demissões sejam oficialmente aceitas.


Nas horas anteriores, diferentes atores da oposição pediram aos grupos que mantêm suas vigílias para não intimidar e permitir a entrada dos membros da Assembleia do Movimento pelo Socialismo (MAS), partido de Evo Morales, para que o quórum necessário seja garantido e, assim, a saída do líder cocaleiro do poder seja oficializada.


Também é aguardada a chegada à sede do governo de Jeanine Añez, segunda vice-presidente do Senado, e que poderia assumir a presidência do país no âmbito da sucessão constitucional estabelecida na Magna Carta.


OEA rechaça qualquer saída inconstitucional para crise boliviana

A Secretaria-Geral da OEA, chefiada por Luís Almagro, rejeitou nesta segunda-feira, 11, “qualquer saída inconstitucional” para a crise na Bolívia, após a renúncia do presidente Evo Morales, e pediu que aja com urgência nas medidas para garantir a realização de novas eleições.


“A Secretaria-Geral pede pacificação e respeito ao Estado de direito” na Bolívia, afirmou o órgão central da Organização dos Estados Americanos (OEA).


O escritório de Almagro pediu ao Poder Legislativo boliviano que se reunisse “com urgência” para “garantir o funcionamento institucional e nomear novas autoridades eleitorais que garantam um novo processo eleitoral”.


Além disso, foi solicitado ao Judiciário que continue investigando possíveis crimes relacionados às eleições disputadas de 20 de outubro “até as últimas consequências”.


Horas antes de sua renúncia surpresa, Morales havia pedido novas eleições, depois que uma auditoria da OEA apontou “graves irregularidades” nas eleições.


A renúncia no domingo de Morales, sob pressão das forças armadas, da polícia e da oposição, que exigiram que ele deixasse o cargo que ocupa desde 2006 para pacificar o país, deixou um vácuo de poder após três semanas de tumultos nas eleições no país, em que o primeiro presidente indígena da nação procurou se perpetuar no poder.


O resultado foi denunciado como um “golpe de estado” pelos governos de esquerda da América Latina, incluindo México, Cuba, Argentina, Venezuela e Uruguai.

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O México anunciou segunda-feira que solicitará uma “reunião urgente” da OEA para discutir a situação na Bolívia, após solicitação da Colômbia no domingo.


A OEA não convocou no momento uma sessão extraordinária de seu conselho permanente, atualmente presidido pela Guatemala, com o Brasil na vice-presidência. O Conselho Permanente da OEA é o órgão executivo da organização e reúne todos os países das Américas, exceto Cuba, que não é membro ativo do bloco regional.


Com informações do jornal El Deber.


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