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Mailza Gomes ouve demandas de marceneiros em Xapuri

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Em visita a Xapuri, onde conversou com lideranças políticas locais e participou de ato de filiação de seu partido, na noite deste sábado, 9, a senadora Mailza Gomes (Progressistas), se reuniu, no período da tarde do mesmo dia, com associados da Cooperativa de Marceneiros de Xapuri. A reunião foi realizada no Polo Moveleiro do município, onde oito pequenas empresas tentam sobreviver a uma série de dificuldades relatadas pela categoria.


O presidente da cooperativa de moveleiros, Francisco Patrício, explicou à parlamentar acreana a situação em que o empreendimento se encontra, e fez algumas sugestões de ações que podem, para ele, melhorar a situação de funcionamento do setor e as condições de trabalho dos profissionais.

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“Nós estamos quase parando em razão das condições em que o nosso empreendimento se encontra. Até o portal, com a placa que identificava o polo, foi derrubada por um caminhão e nunca mais foi consertado. Nós temos um galpão com duas estufas que não podemos usar, e o espaço ainda está sendo usado por terceiros, como garagem para caminhões de boiadeiro”, reclamou.


Entre as maiores dificuldades, os marceneiros destacaram a indefinição do processo das concessões de uso da área do polo, condição sem a qual eles não conseguem ter acesso a financiamentos bancários. Outro problema relatado pelos moveleiros é a dificuldade de aquisição da madeira legalizada. Eles não tem acesso à madeira extraída dos planos manejo florestal, que é comercializada com o Complexo Industrial Florestal de Xapuri (CIFLOX).


Francisco Patrício explicou que o que a indústria oferece aos marceneiros são sobras da linha de produção que não são aproveitáveis para a fabricação de móveis. Além disso, diz ele, o preço dessa madeira é muito alto para as marcenarias – em média R$ 1 mil pelo metro cúbico.



A senadora ouviu as reivindicações dos moveleiros de Xapuri e se propôs na busca de ajuda para que melhorias sejam realizadas no Polo. Quanto às demandas de ordem administrativa, a parlamentar pretende abrir diálogo com os setores do governo estadual responsáveis pelo setor para que a implementação de um maior apoio aos profissionais da movelaria sejam discutida e avaliada junto com a administração estadual.


“Eu estou vindo pela primeira vez ao Polo Moveleiro de Xapuri, já visitei outros no estado, e quero ver a realidade, conversar com eles, ouvi-los, e entender essa problemática. Não deveria haver essas dificuldades, principalmente no que diz respeito à falta de acesso à matéria-prima, que é uma riqueza do nosso estado e o trabalho deles depende disso. Esse impasse precisa ser resolvido porque isso impede que eles estejam trabalhando e gerando renda e emprego no município”, afirmou a parlamentar.


Criado pelo governo para reunir todos os marceneiros do município em um parque industrial, tornando a atividade moveleira um dos modelos de geração de emprego e renda a partir da exploração sustentável de madeira, via planos de manejo comunitário, o projeto do Polo Moveleiro de Xapuri não vingou e as marcenarias lá instaladas funcionam hoje tal qual há seis anos, quando operavam na informalidade dos fundos de quintal das residências de seus proprietários.


Atualmente, o projeto se encontra sem gerência definida no município e o cenário atual é de descrédito no futuro por parte dos 8 marceneiros em atividade no polo. Nessas oficinas, eles geram cerca de 20 empregos diretos, contando com os seus próprios. A maioria sequer está em dia com todas as exigências para usufruir dos benefícios da Política de Incentivo às Atividades Industriais do Estado do Acre.



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