Menu

Gladson sobre Evo: “quem não entendeu que quem manda é povo, é arrumar a trouxa”

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

O governador do Acre, Gladson Cameli, afirmou na noite deste domingo, 10, que a queda de Evo Morales da presidência da Bolívia, ao anunciar sua renúncia em rede de televisão, é um claro sinal de que a população está atenta aos movimentos políticos. Para o Chefe do Palácio Rio Branco, o ato de Morales é tido como “o fortalecimento da democracia e o povo foi às ruas e é aquilo que tenho dito, a população está atenta, está se manifestando e não adianta ninguém ficar contando vitória ou querer de uma forma de outra subestimar a sociedade”, destacou ao ac24horas.


Cameli enfatizou que o próximo governante boliviano consiga “pelo menos fazer o mínimo e dar o que está na constituição do país”. O governador do Acre, que faz fronteira com a Bolívia, afirmou que o governo federal até agora não se posicionou sobre o ato de renúncia, mas destacou a posição do Brasil, junto ao Mercosul e os Estados Unidos para que houvesse uma recontagem dos votos.

Publicidade

LEIA TAMBÉM
Após renúncia de Morales, Secretário pede para que acreanos evitem entrar em território boliviano


“Então com isso, mais uma vez o povo venceu e que quem não entendeu que quem manda é povo, é arrumar a trouxa e ir embora. Eu respeito todos os movimentos que podem existir e volto atrás em algumas decisões que a gente toma porque é a população que a gente tem que ouvir”, disse o governador, destacando que muitas de suas decisões a opinião pública é levada em conta.


Evo Morales renunciou neste domingo (10) ao cargo de presidente da Bolívia, após uma escalada nas tensões no país. O anúncio foi feito em rede nacional, pela televisão. O vice-presidente, Álvaro García Linera, também apresentou a renúncia.


Logo em seguida, ele atacou seus opositores Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho. “Por que tomei essa decisão? Para que Mesa e Camacho não sigam perseguindo meus irmãos dirigentes sindicais. Para que Mesa e Camacho não sigam queimando a casa dos governadores de Oruro e Chuquisaca.”


Evo ainda classificou a situação como um golpe: “Lamento muito esse golpe cívico, e de alguns setores da polícia que se juntaram para atentar contra a democracia, contra a paz social com violência, com amedrontamento para intimidar o povo boliviano.”


Evo havia dito, mais cedo neste domingo (10), que convocaria novas eleições, após a Organização dos Estados Americanos, OEA, divulgar que as eleições de 20 de outubro haviam sido fraudadas. Ele lembrou isso em seu pronunciamento de renúncia: “De manhã cedo estivemos reunidos com alguns ministros e decidimos, inclusive, renunciar ao nosso triunfo para que novas eleições ocorram em toda a amplitude”.


Não está claro como vão acontecer as novas eleições e nem se ele mesmo será candidato. Mais cedo, ao anunciar a nova votação, Evo disse que elas são importantes para que o povo boliviano possa eleger novas autoridades, “incorporando novos atores políticos”.
Pouco antes da renúncia, os chefes das Forças Armadas e da Polícia, além da oposição, haviam pedido que Evo Morales deixasse o cargo para “pacificar” o país. Nas últimas horas, ao menos três ministros também entregaram seus cargos.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido