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No Acre, taxa de recusas familiares à doação de órgãos chega a quase 80%, diz CET

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Fonte: Agência Rádio


Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Apenas no Acre, 94 potenciais receptores estão na lista de espera. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). E um fator é decisivo para que esses pacientes possam contar com uma segunda chance: a autorização dos familiares. Ainda 40% das famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação. No estado, essa taxa chega a cerca de 80%, de acordo com a Central Estadual de Transplantes.

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Para mudar tal realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador. Para que histórias como a da vendedora Silvânia Rossetto, de 45 anos, se repitam. A moradora de Rio Branco ficou na lista de espera por um rim ao longo de 11 anos. Neste período, ela foi chamada em duas ocasiões, mas o transplante não foi realizado por incompatibilidade, na primeira vez, e por recusa familiar, na segunda. Até que, em 2011, recebeu o órgão de um doador, após o consentimento de um familiar.


“Meu sentimento é de gratidão. No momento de dor, ela [familiar do doador] ter optado por ajudar vidas. É preciso ter muito amor no coração. Se, hoje, tenho oito anos de transplantada, se estou bem aqui, é graças a Deus e à decisão dela”, conta.


O médico Marcelo Grando, responsável técnico da Central de Transplantes do Acre, conta que o transplante, na maioria das vezes, é única salvação, a última instância do tratamento para determinadas doenças. O especialista ressalta a importância do diálogo entre quem deseja doar órgãos e parentes.


“Muitas das vezes, a pessoa não sabe que pode ser doadora viva. Então, o diálogo [com os familiares] amplia os horizontes, amplia muito a visibilidade e a visão das pessoas com relação ao transplante”, afirma.


O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.


O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o país são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde.


A Central Estadual de Transplantes fica na Fundação Hospital do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, e o contato de lá é o (68) 3227-6399. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos.


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