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Perita acusa USP por omissão no diagnóstico dos casos de HPV

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Durante reunião com Comissão da Saúde na ALEAC, a médica Emília Gadelha denunciou os médicos que vieram representando o Ministério da Saúde para cuidar de casos de reações adversas em adolescentes vitimas da vacina HPV no Acre, por conflitos de interesses com a indústria da vacina. “Abafaram os casos graves” disse a especialista.


A transferência de tecnologia que envolveu R$ 360 milhões para cobertura vacinal nas primeiras 2 bilhões de doses de vacina HPV no Brasil, pode estar por traz do que a médica Emília Gadelha chama de “abafa o caso” envolvendo dezenas de adolescentes do Acre que sofrem há décadas com reações adversas após tomarem doses da vacina.

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“Pra contestar que o negócio pode não ser tão bom assim para as pessoas que são usuárias é complexo, infelizmente, vários dos médicos que vieram representando o ministério da saúde no Acre, todos tinham conflitos de interesses com a indústria que fabrica a vacina. Eu levantei as informações e informei ao Ministério Público” acrescentou a especialista.


Pós-graduada em perícia médica, ela afirmou que a Universidade de São Paulo (USP) foi omissa no tratamento de 12 adolescentes que foram encaminhadas pelo governo do Acre para diagnóstico.


“Querem mostrar que as crises não são epiléticas de verdade, digamos assim, faltaram exames para comprovar essa tese, ou seja, estão fechando possibilidades de diagnósticos o que de certa forma é uma omissão. É preciso abrir o leque e não ficar somente em um único exame que foi o vídeo eletroencefalograma que obviamente só pegam as crises convulsivas corticais e nós estamos falando de crises que são abalos musculares de outras origens dentro do cérebro” relatou Emília.


Segundo a reportagem apurou, os exames feitos por médicos da USP não foram disponibilizados as famílias das adolescentes encaminhadas para a universidade. As famílias assinaram um termo de compromisso onde ficaram proibidas até de se comunicar umas com as outras.


Tudo foi demonstrado através de uma exposição de 30 minutos feita pela especialista que apontou também, contaminação por chumbo e gadolínio. O estudo comprova danos ambientais em duas pacientes acreanas examinadas pela médica e centenas de pacientes de outras regiões no sul do Brasil. A pedido da família, os nomes das pacientes examinadas pela doutora Emília não foram divulgados durante a apresentação da tese.


A médica embarca hoje de volta para São Paulo, ela esteve reunida com médicos da Policlínica do Tucumã falando sobre as medidas que devem ser tomadas pela secretaria de saúde do estado. “É preciso quebrar uma série de paradigmas” acrescentou a doutora.


Aleac vai convocar especialistas da USP que trataram de adolescentes em São Paulo


Diante da denúncia de que os diagnósticos das pacientes acreanas enviadas para São Paulo não estão disponíveis para as famílias das adolescentes, a comissão de saúde, presidida pelo deputado estadual José Bestene (Progressistas), decidiu convocar através da Mesa Diretora, os médicos da USP para apresentarem suas teses.


“Esse é um problema do governo federal. O estudo apresentado pela doutora Emília é de conhecimento do Ministério Público e ainda não tem resposta. Vamos convocar especialistas da USP para apresentarem suas versões diante da grave denúncia feita aqui” disse José Bestene.


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