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Festival Pachamama enfrenta dificuldades para ser realizado no Acre

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Pela primeira vez em 10 anos, a realização do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira, um dos mais tradicionais da cultura audiovisual no Acre, pode se deparar com uma situação um pouco mais complicada. Isso porque diferente de anos anteriores, agora os produtores enfrentam maiores dificuldades para conseguir executar as ações por falta de incentivos e recursos. O financiamento do governo federal para este ano não será suficiente para suprir todas as demandas do evento. O evento deste ano celebra a 10ª edição do Festival, que será apresentada na segunda quinzena do mês de novembro.


De acordo com a Diretora de Produção do Festival, mesmo com as dificuldades, o evento vai ser apresentado ao público. Normalmente, o Festival recebia muito incentivos provenientes de entidades e instituições distintas, como forma de apoio. Apoio de infraestrutura e do próprio Estado também era doados. “Além dos editais que a gente já participa. Fomos contemplados com um [edital] este ano, mas ainda não recebemos o recurso”, afirma a produtora Karla Martins.

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Preocupados com a situação nada favorável e tendo em vista a cena cultura a nível nacional, os produtores culturais locais decidiram abrir uma vakinha online para conseguirem custear a realização do Pachamama 2019 em Rio Branco. Eles temem que o pouco de recurso que lhes são garantidos não seja entregue.


“Apoiadores que costumavam nos ajudar estão com dificuldades e com medo de não poder nos apoiar este ano. Em função disso, fizemos a vakinha”, explica Martins. O objetivo é arrecadar R$ 20 mil. Até à tarde desta segunda-feira, 21, a vakinha havia arrecadado a contribuição de R$ 245,00. Segundo os produtores, o valor estipulado para arrecadação online foi pensado com base no que estão acostumados a gastar para organizar todo o evento.



De acordo com a organização, todas as apresentações do Pachamama são abertas ao público, por isso a necessidade de, nesse momento preocupante, abrir a vakinha. “É uma forma também de divulgar o espaço. O Festival só existe porque existe público, portanto, a vakinha também é uma parceria com esse público”, garante a diretora.


Para os organizadores, 2019 está sendo um ano em que a maioria dos festivais de cinema nacionais tiveram que fazer vakinhas e solicitar financiamentos colaborativos por conta da contenção dos financiamentos que o país, normalmente, oferecia para atividades culturais. “Infelizmente a cultura tem sido colocada num patamar de marginalização, de desrespeito, de descuido, então, nacionalmente isso tem acontecido. Tem sido uma luta todos os festivais do Brasil se manterem ativo”, ressalta Karla.


Martins lamenta que, em 10 anos, este se configura como o momento mais difícil já vivido pelo Festival. “Ele vai acontecer, mesmo com todas as dificuldades nós vamos realizar. É óbvio que o dinheiro nos ajudaria, porque nos permitira melhora. Temos medo de que não ocorra com o tamanho e a qualidade que gostaríamos que tivesse, pelos 10 anos de existência, mas vai acontecer”, assegura a diretora.


Sobre o Festival

O Festival Pachamama busca incentivar, estimular, promover e viabilizar o cinema latino-americano, entre os países fronteiriços com o Acre: Peru e Bolívia, com a criação de uma rede de produtores e consumidores de produtos e serviços multiculturais. Este ano, o Festival chega à sua décima edição, reafirmando o compromisso com o Cinema Latino, por meio de suas raízes e com a construção de pontes de encontros e diálogos.


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