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Blogueiros e ativistas de crachás detonam aliados do Palácio

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O jeito democrático de o governador Gladson Cameli atuar se por um lado é bem visto por jornalistas e a imprensa de modo geral, vem se tornando em uma grande dor de cabeça para o Palácio Rio Branco. Uma verdadeira milícia virtual, amparada pela liberdade de imprensa, vem agindo nos grupos de WhatsApp com mensagens que além de tentar interferir nos rumos administrativos, revelam o funcionamento da máquina de propaganda paraestatal, que ataca até mesmo aliados.


A secretária de Saúde Mônica Feres foi alvo desse grupo que age com crachás no peito. Nesse final de semana, o ativista Hedislandes Gadelha pediu o fechamento das UPAs e detonou o sistema único de saúde, o SUS. “O Estado do Acre, ao qual eu sou funcionário e tenho vergonha (…) não consegue sarjar um tumor”, disse o ativista.

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Para atacar o governo, Hedislandes se amparou no histórico de atendimento dado no Pronto Socorro de Rio Branco e na própria UPA a um senhor que é apresentado como Venâncio. Com um suposto abcesso na ponta da coluna, o paciente vem sendo empurrado entre as instituições sem o atendimento adequado. “Governador o senhor paga o enfermeiro em dia, o médico em dia, mas é melhor fechar isso aqui”, disse indignado o ativista apontado para o prédio da UPA.


O fogo amigo acontece no momento em que o setor de saúde puxou para baixo a popularidade do governador Gladson Cameli em última pesquisa divulgada pela TV Gazeta. Como o ac24horas mostrou, enquanto 19% dos entrevistados acham que a saúde melhorou, outros 46% consideram que permaneceu igual, e 29% acham que a situação da saúde piorou. Postado nos grupos de WhatsApp como se fosse uma estratégia de comunicação, cargos comissionados ajudam a engrossar a rede virtual compartilhando a mensagem “kamikaze”.


Alegando o pagamento de mais de R$ 300 milhões em dívidas contraídas pelo governo anterior até o final do ano, semana passada o governador Gladson Cameli chamou a imprensa para pedir paciência e apoio, mas, parece que o chefe do executivo se esqueceu de combinar com os próprios nomeados.


Na suposta falta de recursos, parece valer de tudo para manutenção da imagem do governo. Se por um lado um grupo tenta derrubar a secretária importada de Brasília, Mônica Feres, por outro, existe uma ação orquestrada para recuperar o ibope do secretário de infraestrutura, Thiago Caetano, que não passou de 1% nas intenções de votos para prefeitura de Rio Branco.


Até o açougueiro Rui Birico entrou em cena e atua como digital influencer no case de inovações da comunicação oficial. Vestindo um jaleco azul com o brasão oficial, celular e microfone nas mãos, Birico foi para a estrada AC-90 que liga Rio Branco ao município de Plácido de Castro e rasgou elogios ao engenheiro e o governador.



“O Acre hoje está em boas mão (sic), desses dois bons acreanos engenheiros e construtores Gladson Cameli e Thiago Caetano, continue assim por esse engrandecimento do Acre e do povo do nosso estado. Parabéns governador”, gravou empolgado, Rui Birico.


Compondo o exército das redes sociais, o locutor comercial Silvio Santos e o beijoqueiro Diego Lins não perdem uma oportunidade de gravar vídeos e enaltecer o que eles chamam de “patrão”, se referindo ao governador Gladson Cameli. O vocabulário popular não atrai grande número de seguidores, mas a busca por resultados parece não ser a prioridade dos ativistas.


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