Menu

Pesquisar
Close this search box.

Operação do Gaeco prende 15 pessoas em flagrante na BR-364

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

A Operação Nitro, desencadeada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), estourou nesta quinta-feira, 12, diversos alvos de venda clandestina de combustível ao longo da BR-364, entre os municípios Acrelândia e Plácido de Castro. O trabalho contou com a atuação de 90 militares do Exército, 36 agentes da Polícia Rodoviária Federal, 1 promotor de justiça, acompanhado de 9 agentes do Gaeco, e 4 policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).


O principal objetivo da ação do MP foi o levantamento de provas e a desarticulação de um grupo criminoso que atuava nas atividades de recepção, desvio, transbordo e armazenamento clandestino de combustíveis. Estima-se que a quadrilha conseguia desviar até 64 mil litros de combustíveis mensalmente. Durante as investigações, que duraram sete meses, foram identificados diversos pontos ao longo da BR-364 que realizavam a venda de combustíveis supostamente desviados de transportadoras com a conivência de motoristas.

Anúncios


De acordo com o promotor de justiça Bernardo Fiterman Albano, coordenador-adjunto do Gaeco, os acusados completavam os tanques dos caminhões com água para que o desvio não ficasse aparente. Segundo ele, foram apreendidas bombas de sucção para a retirada e reposição de combustível nos veículos denominadas “chupa-cabra”. O promotor informou também que as investigações contra a organização criminosa partiram de empresas lesadas que levaram informações ao conhecimento do Ministério Público. Ele também disse que haverá desdobramentos da Operação.



Os resultados da Operação Nitro foram apresentados em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta quinta-feira, 12, aberta pela procuradora-geral de justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues. Ela destacou a importância do trabalho em conjunto, assim como os demais representantes das instituições envolvidas no sucesso da operação. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão. Mais de 11 mil litros de combustíveis, seis armas de fogo, mais de R$ 5 mil em espécie, aparelhos de celular e bombas elétricas foram apreendidos e 15 pessoas foram presas. Elas irão responder por crime contra ordem econômica, crime contra a ordem tributária, infração contra o consumo, crime ambiental, organização criminosa e receptação qualificada.


O coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento, disse na entrevista coletiva que o objetivo da Operação Nitro foi plenamente atingido. Ele destacou a importância da participação de todos os parceiros na ação e fez uma menção especial à justiça acreana e à promotora de justiça de Acrelândia Luana Diniz Lírio que, segundo ele, muito contribuiu com a investigação. Para o procurador, o crime relacionado a combustíveis é algo muito grave, sobretudo quando o Acre está vivendo um momento deligado com relação ao fogo.


“Esse combustível pode ser usado para abastecer clandestinamente pessoas que procuram essa forma de consumo ilegal de combustível adquirido na beira da estrada, mas também pode servir num momento grave como esse para eventuais queimadas, o que não é desejável nesse momento tão grave como nós passamos nesse momento de crise ambiental”, afirmou.


A operação realizada no Acre integra uma grande ação nacional de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro deflagrada pelo MP em 27 cidades de 11 estados no decorrer desta quinta-feira, 12.



Operação Nitro

O nome da operação do Gaeco faz referência ao óxido nitroso ou protóxido de nitrogênio, como é chamado no meio automobilístico. É usado nos motores de automóveis com objetivo de aumentar sua potência, aumentar de forma instantânea o torque e o desempenho da máquina.


Operação Midas

Também nesta quinta-feira, o Gaeco ajuizou nove ações de improbidade administrativa e uma ação penal contra 31 envolvidos na Operação Midas, um esquema de desvio de recursos públicos a partir do uso de notas fiscais frias e contratos falsos na Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb).


Com informações de Kelly Souza, da Agência de Notícias do MPAC


Fotos: Thiago Teles


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido