Menu

Revolução Acreana completa 117 anos e artista digital inova em homenagem à Plácido de Castro

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

Nesta terça-feira, 06 de agosto, o Acre comemora uma das mais importantes páginas de sua história.


É que até o início do século XX, a região onde está Acre pertencia a Bolívia. A chegada dos primeiros nordestinos e a ocupação de brasileiros passaram a compor a força de trabalho nos seringais.

Publicidade

O interesse dos países pela região, se dava pela presença enorme de seringueiras, de onde se produzia a borracha em grande escala que abastecia os mercados nacional e internacional.



Mesmo com uma grande quantidade de brasileiros na região, o governo boliviano, que era o dono da terra, acaba arrendando o território onde hoje é o Acre para uma empresa privada chamada Bolivian Syndicate.


Com medo de perder o controle de das regiões mais ricas de borracha, a autonomia política do Acre passa a ser um desejo dos barões da borracha de Manaus e Belém.


Foi em um 6 de agosto de 1902 que as tropas acreanas, lideradas por Plácido de Castro, revolucionário caudilho gaúcho, que comandava um exército de seringueiros brasileiros, obtiveram a primeira vitória que culminou com a rendição dos bolivianos.


A luta armada terminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, que teve a habilidade do diplomata Barão do Rio Branco como primordial para que o Acre fosse incorporado ao território brasileiro. Pelo Tratado de Petrópolis, o Brasil se comprometia a construir uma estrada de ferro que permitiria as trocas comerciais bolivianas pelo Rio Amazonas e o pagamento de uma quantia, estimada em algo de torno de um bilhão de reais em moeda atual) para o Bolivian Syndicate à custo de indenização.


O “herói”

Na história oficial ficou eternizada a figura de Plácido de Castro como herói. O militar gaúcho, inclusive, está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que fica exposto no Panteão da Pátria e da Liberdade, localizado na Praça dos Três Poderes em Brasília.


Mas este ano, um artista visual acreano resolveu inovar na homenagem à Plácido de Castro. Movido pela vontade de homenagear a Revolução Acreana, artista digital e diretor de arte, Diego Soou, conta que sempre que passava pela Praça da Revolução no centro de Rio Branco, tinha curiosidade sobre o monumento a Plácido de Castro. “Desde criança, todas as vezes que passava pela praça da revolução eu tinha que parar pra observar a estatua de Plácido de Castro, quando pequeno, nem sempre pela histórias, mas pela curiosidade do monumento. Só depois de adulto que compreendi que não se tratava apenas de uma estatua, mas a lembrança de uma revolução”, afirma.


Com o uso de ferramentas gráficas, softwares que simulam argila, texturas 3D, iluminação, ferramentas que o artista usa em seu dia-a-dia de trabalho, ele pode tirar do papel a ideia e tornar-la visível pra todos. Poder de certa maneira homenagear, não só Plácido de Castro, mas todos que lutaram na Revolução Acreana.


A inspiração veio das homenagens dos soldados americanos que são homenageados pelos combates em guerras. “Unir a estatua de Plácido de Castro com um soldadinho verde foi uma ideia que nasceu de apenas observações. Eu sempre me deparava com um soldadinho de plástico verde, e pesquisando soube da ligação desses bonecos com a historia mundial, as guerras americas, me fez parar e pensar: Nós também tivemos nossas guerras, e tivemos nossos soldados. Foi ai que nasceu a ideia de criar o Plácido de Castro soldadinho verde, representando não só ele, mas todos que lutaram pela nossa Revolução Acreana”, afirma.

Publicidade

Diego Soou tem 11 anos de experiência profissional. Acreano, criativo, começou sua carreira como designer gráfico cedo, aos 15 anos e já passou pelas mais importantes agências de publicidade do Acre.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido