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Relação de “mimos”, aventuras e sensação de poder pode ter levado Giovanni Casseb para prisão

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Caso sejam confirmadas as suspeitas de que anabolizantes ilegais encontrados na casa do garçom Whendel tinham remessas enviadas do exterior, investigação que também envolve o médico Giovanni Casseb pode migrar para esfera federal. Relação emocional entre pai e filho dificulta defesa. Troca de “mimos” entre o garçom e o médico pode ter culminado com a cadeia.


 


O relacionamento amoroso envolvendo o médico Giovanni Casseb e o garçom Whendel da Silva e a suspeita do comércio ilegal de anabolizantes de fora do pais, pode ter além de uma história de “mimos”, aventuras e sensação de poder, um desfecho ainda maior. Caso a Polícia Civil do Acre consiga comprovar que as amostras de remédios controlados considerados ilegais e apreendidos nas duas operações tenham sido adquiridas fora do país, da Ucrânia, México ou Paraguai, a investigação pode migrar para a esfera federal e revelar um esquema que movimenta milhões em todo o pais.

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Até a manhã desta segunda-feira (22), pouca coisa se sabe sobre o andamento das perícias da investigação em curso no Acre, o processo corre em segredo de Justiça. A grande verdade é que o caso está envolto de muita emoção.


O médico Giovanni Casseb poderia até estar em liberdade, caso o pai e advogado, Atalidio Bady Casseb tivesse juntado ao Habeas Corpus inicial, elementos de prova suficientes, entre eles, a sustentação da prisão preventiva de seu cliente.


Com a ausência de provas, o desembargador Elcio Mendes afirmou na folha 20 de seu relatório ser impossível aferir a alegada ilegalidade proposta pela defesa. Alguns especialistas ouvidos pela reportagem preferem classificar “o descuido de Bady”, como um certo desespero emocional. De acordo documentos que o ac24horas teve acesso, a defesa não logrou sequer apontar que a autoridade apontada coatora tenha recusado o fornecimento de cópias ou senha para acesso ao processo.


Resta ao advogado e pai, caso continue à frente da defesa, dois caminhos: o primeiro refazer o pedido de HC para o Tribunal de Justiça do Acre juntando todos os documentos necessários; o segundo, apelar para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).


Bady ainda não afirmou o que deve fazer no andamento do processo. Existe ainda outra possibilidade que deve ser apontada na conclusão do Inquérito Policial que é a mudança de competência de investigação dos fatos, caso seja comprovada a remessa ilegal dos anabolizantes de algum país do exterior para o Acre. Três rotas são apontadas na investigação: Ucrânia, México e Paraguai.


A Polícia Civil não confirma, mas há informações de que os medicamentos encontrados com o médico são autorizados pela Anvisa e diferentes da carga encontrada em poder do garçom Whendel.


Para complicar ainda mais o quebra-cabeça, o pai de Giovanni em suas alegações de defesa, declarou na folha 3 do Habeas Corpus impetrado na Câmara Criminal, que o envolvimento entre o filho e o garçom Whendel da Silva é apenas “amoroso”. Caso se confirme o álibi da defesa e apenas Whendel seja indiciado, o caso aponta para uma história de verdadeiro amor bandido, um suposto jogo perigoso de poder, dinheiro e venda de esteroides e anabolizantes ilegais.


Enquanto o pai decide os passos jurídicos a serem tomados a partir desta segunda-feira (22), o filho e médico, professor do curso de medicina da Universidade Federal do Acre, continua preso.


Whendel da Silva também continua preso. Em seu depoimento, segundo relatos que constam na folha 3 do Inquérito Policial e folha 2 do relatório do desembargador Elcio Mendes, o garçom inocentou o médico Giovanni, corroborando com a defesa. A reportagem não conseguiu falar com o advogado de defesa de Whendel.


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