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Órgãos apreendem madeira, doam para prefeitura que quer devolver aos donos

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Construir uma casa de madeira em Marechal Thaumaturgo é quase impossível.Isso, porque não há madeira legal disponível no município. Segundo relatado pelos moradores de um dos quatro municípios de difícil acesso do Acre, não há nenhum empreendimento que comercialize madeira legalizada.


Para conseguir madeira, a população tem duas alternativas. Se for proprietário de uma área rural e extrair do seu próprio lote. A outra, é comprar as árvores em pé de um produtor rural, levar um serrador e trazer o material para cidade.

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Foi o que aconteceu com o professor Gerlan Bezerra que comprou e retirou madeira de um lote do Incra para fazer sua casa. O problema é que Gerlan e mais outros 10 moradores de Marechal Thaumaturgo perderam a madeira que foi adquirida com muita dificuldade. Na última sexta-feira, 12, uma operação de agentes do IBAMA, IMAC e Polícia Federal apreendeu em duas serrarias toda a madeira encontrada, já que foi constatada que era ilegal.


O curioso é que a madeira apreendida foi doada para a prefeitura de Marechal Thaumaturgo que briga agora para devolver a madeira aos seus donos. Os mais de 16 metros cúbicos de madeira foram entregues à Secretaria Municipal de Obras.


O secretário da pasta, Ezildo da Silva, está nesta quinta-feira, 18, em Cruzeiro do Sul, negociando uma autorização do Imac para devolver a madeira. “São pessoas simples. Eu já disse ao chefe do Imac que isso representa um grande prejuízo pra muita gente. Alguns desses donos e teve gente que fez empréstimo para conseguir tirar essa madeira. Pela prefeitura, eu devolvo hoje mesmo. São 11 pessoas que são donos dessa madeira e eu só quero saber do Imac se posso devolver essa madeira”.


O assunto também já chegou na Câmara de Vereadores. Silvano Queiróz, vereador pelo PT, reivindica que a madeira seja devolvida aos donos. “Muita dessa madeira apreendida foi tirada do próprio lote dessas pessoas. Não tem alternativa, você não compra uma tábua aqui legalizada. O que nós queremos é que o governo ajude a regularizar um empreendimento. O que não pode é prejudicar a população mais necessitada de nosso município que só quer construir sua casa”, afirma.


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