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Sem retorno

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Pode-se falar qualquer coisa dos sete meses do governo Gladson Cameli, menos de uma: que ele tenha movido uma palha para cercear o trabalho da imprensa ou influído na divulgação ou na censura de reportagens contra sua gestão. A se manter nessa toada, Gladson será um dos raros governadores que não pagará por elogios.


São poucos os jornais que não estão cobrando do governador as soluções de graves problemas que os mantiveram “‘cegos e mudos” por muitos e muitos anos.

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De certa forma, os milhões de reais despendidos mensalmente com a mídia mantinha o grito de liberdade deles entalado na garganta. Entretanto, a valoração da imprensa está em baixa. As notícias que jornais tradicionais divulgam são café requentado. As incontroláveis e incensuráveis redes sociais, com suas vantagens e irresponsabilidades, assumiram a função de quebrar o monopólio da informação.


Nas repartições o clima é mais respirável.


O medo e o silêncio obsequioso das décadas de outrora cederam lugar a uma multidão que, mesmo sabendo que as soluções não saem de uma cartola, cobram resultados imediatos.


O fundamento dessas cobranças está sustentado tanto na desordem herdada das administrações anteriores quanto da elevadíssima expectativa gerada nas eleições pelo atual governo.


De uma hora para outra o povo despertou. As redes estão em permanente estado de atenção.


Fico a imaginar se esta ostensiva vigilância tivesse de olhos abertos nos tempos passados.


Com certeza o odor de muito “basculho ” que fora varrido para debaixo do tapete não estaria ofendendo nossas narinas.


Ao atual governo duas difíceis tarefas se apresentam e todas elas exigindo o máximo de empenho dos gestores: primeiro, por ordem na casa; segundo, botar a máquina pra rodar.


Em tempos de profunda crise financeira, nenhum desses intentos é fácil. De minha parte, ainda continuo acreditando que este governo dará certo ou já está a dar certo.


Ainda antes das eleições, sempre que tive oportunidade, falei e escrevi que o “buraco era mais embaixo”. Por mais boa vontade que se tenha, a situação do Acre não permite a solução dos seus problemas na velocidade que desejamos.

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Com apressada razão, muitos parlamentares cobram a solução de problemas cuja resolução apenas a saliva não basta.
De mais a mais, ainda é muito latente no meio do povo a antipatia nutrida ao PT.


É muito significativa a parcela da população que reclama do atual governo, mas não quer nem sonhar e sente calafrios quando se conjectura sobre uma possível volta do PT. Voltar ao passado, não.


A Gladson resta segurar firme no timão do motor para controlar a gula de seus aliados que abrem a goela para os bônus, mas não oferecem o lombo para o ônus.


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