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Réu na operação Ojuara, Ranieldo continua diretor executivo do IMAC

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No esquema, Ranieldo de Morais é acusado pela produção de laudos e peças técnicas necessárias para a maior associação criminosa especializada em defesas administrativas, corrupção e lavagem de dinheiro nos estados do Acre, Amazonas e Minas Gerais.


Ninguém sabe mesmo porque após ter sido denunciado, Ranieldo Gabriel de Morais, foi reconduzido ao cargo de diretor executivo do Instituto de Meio Ambiente e Análises Climáticas do Acre (IMAC). Exonerado pelo governador Gladson Cameli no dia 10 de junho deste ano, praticamente um mês depois de a Polícia Federal deflagar a Operação Ojuara, Ranieldo foi reconduzido ao cargo um dia depois, pelo vice-governador Major Rocha.

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A Operação Ojuara foi uma força-tarefa que desmontou um esquema de pecuaristas que contratavam PMs para proteger áreas de desmatamento na região Sul do Amazonas e de servidores do Ibama que recebiam propinas para deixar de lavrar autos de infração. 54 mandados foram cumpridos no Acre, Amazonas e Minas Gerais.


A reportagem teve acesso exclusivo à denúncia contra os envolvidos no esquema assinada por quatro procuradores da república, entre eles, Daniel Azevedo Lôbo.


Segundo as investigações, os servidores do Ibama, liderados pelo ex-superintendente regional do órgão na época, recebiam propinas para deixar de lavrar autos de infração por desmatamentos, multar ‘laranjas’ em vez de responsáveis por crimes ambientais, repassar informações privilegiadas sobre fiscalizações ambientais e deixar de apreender maquinário utilizado para desmatamentos da Floresta Amazônica.


Segundo a peça acusatória, Ranieldo era responsável pela produção de laudos e peças técnicas necessárias para a associação criminosa, sempre atuando em concurso de pessoas com Carlos Francisco Augusto Gadelha. Ele é denunciado pela prática do crime previsto no artigo 317 do Código Penal e ainda, por associação criminosa.


O que vem intrigando setores do Palácio Rio Branco é como o núcleo duro do governo, liderado por Ribamar Trindade, permitiu a recondução de Ranieldo ao cargo de diretor executivo do IMAC. Outro fato que chama atenção é que o decreto que tornou sem efeito a exoneração do réu, tenha sido assinado pelo vice-governador Major Rocha. Justamente Rocha que, recentemente comemorou a aprovação pela Assembleia Legislativa da Lei de Ficha Limpa, afirmando austeridade na gestão dele e do governador Gladson Cameli.


Há informações de que Ranieldo sabe demais, uma vez que o esquema beneficiou grandes fazendeiros da região de Boca do Acre, no Amazonas e de fazendeiros com atuação no Acre. A Policia Federal investiga os supostos beneficiários dos esquemas, entre eles, José Lopes, grande latifundiário que pode ser “laranja” de um grupo poderoso que reside em Manaus.


O Superintendente do IBAMA no Acre, Carlos Francisco Augusto Gadelha, que liderava a quadrilha, continua preso.


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