Menu

Ninguém quer o cargo que já foi mais cobiçado no governo do Acre

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

O amplo gabinete hoje localizado na esquina das avenidas Ceará com Getúlio Vargas, no centro de Rio Branco, que sempre abrigou um dos mais disputados cargos no governo: o de articulador político, hoje está completamente abandonado. Apenas servidores do vice-governador Major Rocha movimentam os corredores do lado direito do prédio.


Na manhã de terça-feira (18), ao deixar o cargo, o ex-deputado Ney Amorim (sem partido) abriu mais um capítulo nebuloso na história de relação política do atual governo. Em cinco meses, várias foram as nomeações e exonerações envolvendo os cargos de articulação, entre as mais recentes baixas, a do ex-prefeito Vagner Sales.

Publicidade

Mas afinal, o que ocorre na articulação política de Gladson Cameli?


Vagner Sales antes de ser exonerado, com seu jeito turrão, extremista e autêntico, nunca escondeu de ninguém o descontentamento com a falta de diálogo com a Casa Civil, comandada por Ribamar Trindade.


É para a sala reservada, no final do corredor do lado direito da Casa Civil para onde vão, subitamente, a montanha de poder político e as demandas de encrencas, que davam ao cobiçado cargo, prestígio na gestão.


Sem boa parte desses problemas passando pela articulação e, ainda, sem previsão orçamentária, carro, telefone chapa branca, cargos estratégicos e outras atividades, a acumulação de micos misturada à falta de protagonismo esvaziou a cobiça pelo cargo.


Nos poucos dias que ficou na articulação, Ney Amorim não conseguiu articular uma de suas principais estratégias que era de filiação ao PSB. A proposta era dar maior robustez à base de sustentação do Palácio Rio Branco na Assembleia Legislativa.


Vagner Sales, nomeado desde o dia 29 de janeiro, viu literalmente o trem passar. Enquanto atendia presidentes de bairros, lideranças do interior descontentes, mãe de santo e outros interessados em ter uma boquinha, dizendo não a quem entrava na sala apertada reservada a ele, viu o grupo ligado por Flaviano Melo crescer na estrutura do Palácio Rio Branco.


O Leão do Juruá sairia despercebido, mesmo tendo cargo de primeiro escalão, se não fosse a articulação com prefeitos para o projeto de recuperação de ramais envolvendo recursos próprios. Mesmo assim, ainda correu com planilhas debaixo do braço para anunciar seu esforço na construção da maior ação do Palácio Rio Branco no primeiro semestre. Vagner está incomunicável desde que voltou para Cruzeiro do Sul.



O rumo diferente tomado por duas grandes lideranças políticas mostra como a Casa Civil segue batendo cabeça na tentativa de construir uma base sólida de apoio a Cameli. A falta de unidade no diálogo, incomoda aliados que esperavam uma interlocução mais transparente.


Parlamentares ainda evitam demonstrar a insatisfação abertamente, mas o desconforto é crescente até mesmo dentro do próprio Progressistas, partido do governador Gladson Cameli. A nomeação de Alysson Bestene como novo secretário de articulação política não teve o aval do próprio tio, José Bestene e não encontra apoio na maioria da base.

Publicidade

 


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido