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Acre registra 99 mortes por arma de fogo em 2019

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O banco de dados da Secretaria de Segurança Pública do Acre revela que em menos de seis meses, o Estado já registra 99 mortes por arma de fogo. De 126 homicídios ocorridos em 2019, mais de 10% foram ocasionados por uso de revólver. Apesar de expressivo, o número ainda indica ser menor do que o registrado em anos anteriores.


Em 2016, de um total de 354 homicídios, 232 foram por arma de fogo. Em 2017, de 503 homicídios, 385 foram assassinados por disparos de algum tipo de revólver. Já em 2018, foram 396 homicídios, destes, 300 morreram por arma de fogo.

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De acordo com o delegado responsável pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) em Rio Branco, Cristiano Bastos, o uso de armas de fogo nos homicídios registrados no Acre, a maioria dos crimes cometidos na região tem a utilização do referido instrumento. “Constatamos isso pelas formas como os crimes têm sido praticados. Na maior parte dos crimes, identificados, hoje, que a maioria das pessoas envolvidas fazem parte de alguma organização criminosa”, conta Bastos.


Segundo investigações da polícia civil, grande parte dos assassinatos segue uma mesma regra: ir até o bairro em que existem integrantes de uma facção criminosa rival e iniciar os ataques com uso de arma de fogo. “Temos trabalhado no intuito de tentar identificar esses autores. Para isso, fazemos parceria com o Poder Judiciário para emissão de mandados de busca e prisão, para que assim possamos localizar essas armas e tirá-las de circulação”, afirma o delegado.


Fragilidade nas fronteiras

A DHPP também já identificou que o que mais pesa contra a sociedade acreana atualmente é a fragilidade de segurança nas fronteiras. Segundo a delegacia, a maioria do armamento utilizado nos crimes vem de países vizinhos, como Peru e Bolívia. “Além disso, há também uma remessa grande de armamento que chega no Acre vindo de outros estados brasileiros, isso devido a situação específica de guerra entre facções”, diz Cristiano Bastos.


Conforme dados da segurança, as forças policiais têm buscado identificar, localizar e apreender essas armas com um trabalho ostensivo realizado pela Polícia Militar, Civil e Federal.


“Essa atuação conjunta é fundamental, pois comprovamos que durante abordagem sempre localizamos e apreendemos armas de fogo. Alinhar os trabalhos ostensivos e de investigativos aprofunda a identificação das pessoas envolvidas no meio criminoso e, assim, mais fácil de tirá-las do meio social”, ressalta o delegado.


Morte de jovens

Um estudo divulgado esta semana pelo Atlas da Violência 2019 revelou que a proporção de homicídios provocados por arma de fogo foi de 72,4% em 2017, 1,8% acima de ano anterior. O número de homicídios por arma de fogo, em 2017, foi de 47.510, 6,8% acima de 2016.


O levantamento aponta que o Acre é o quinto Estado no país em que mais morrem jovens vítimas de homicídios por arma de fogo, conforme dados de 2017, com uma taxa de 126, 3.


Com relação ao aumento de homicídios, o Acre desponta na frente de todos os demais Estados. O Acre mostrou o crescimento mais forte entre 2016 e 2017, aumentando a taxa de homicídio em durante um ano em 39,9%.


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