Dezenas de produtores rurais do seringal Porto Central, localizado no município de Boca do Acre, no Amazonas, interditam na tarde desta quinta-feira, 6, parte da estrada do Aviário, em Rio Branco, em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles pedem que o órgão faça uma vistoria no local.
Segundo os manifestantes, residem cerca de 250 famílias no local há mais de 30 anos e, nos últimos meses, fazendeiros da região estariam tentando demarcar as terras como suas propriedades, expulsando, assim, os moradores posseiros.
Josias, um dos produtores que protesta, diz que “das mais de 36 mil hectares de terra do seringal, apenas 183 possuem título definitivo de posse, o restante são terras devolutas – terras públicas sem destinação pelo Poder Público, que serão devolvidas para a União”.
Os produtores também pedem que representantes do Incra, no Acre, interfiram no impasse. “Pessoas já foram mortas e outras estão sendo constantemente ameaçadas devido a esse conflito”, ressalta Josias.
Lá, eles produzem gado, frutas e verduras, que são vendidas para o sustento da família e manutenção da área em que vivem. Desde o início desta semana eles tentam marcar um encontro com representantes do Incra para tratar a problemática. “Com a vistoria do Incra, os fazendeiro vão ver que as terras são da União e não são de patrimônio deles”, afirmam.
Até o momento, nenhuma reunião foi marcada entre os produtores da localidade e o Incra. Policiais militares estão no local acompanhando o protesto.
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